Nove arguidos da Operação Aquiles ficam em prisão preventiva
O Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu, esta quarta-feira, colocar em prisão preventiva nove dos 15 arguidos da Operação Aquiles, detidos no dia 5 de Abril por suspeitas de "corrupção activa e passiva para acto ilícito, branqueamento de capitais e tráfico de estupefacientes", que hoje foram presentes ao juiz do referido tribunal.
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Em nota às redacções, a Procuradoria-Geral da República informa que, após promoção do Ministério Público, o juiz decidiu aplicar a nove desses arguidos, entre os quais dois elementos da PJ e um militar da GNR, a medida de coacção de prisão preventiva.
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Os restantes seis arguidos ficam sujeitos a apresentações periódicas no órgão de polícia criminal mais próximo das respectivas residências, à proibição de ausência do território nacional e também à proibição de contactos, designadamente com os restantes arguidos do processo, acrescenta o documento.
Recorde-se que este inquérito, que corre termos no Departamento Central de Investigação Penal (DCIAP), tem 17 arguidos constituídos. Além dos 15 arguidos presentes hoje a tribunal, há ainda dois advogados, que ficaram sujeitos a termo de identidade a residência.
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Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção activa e passiva, tráfico de estupefacientes agravado, associação criminosa e branqueamento, acrescenta o comunicado desta quarta-feira.
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"No inquérito investigam-se associações criminosas que importariam cocaína proveniente da Colômbia, normalmente por via marítima e/ou aérea, produto que se destinaria a ser vendido em Portugal ou enviado para os outros países europeus, designadamente Espanha. As referidas associações criminosas teriam o apoio de dois elementos da Polícia Judiciária, um deles actualmente na situação de reforma e outro ainda no activo", esclarece a a Procuradoria-Geral da República.
Esse apoio, explica, "traduzir-se-ia no fornecimento ilegítimo de informações acerca de investigações de crimes de tráfico de estupefacientes em curso, com a contrapartida de pagamentos, efectuados pelos traficantes envolvidos, aos elementos da PJ. Um destes elementos da PJ contaria ainda, no âmbito desta actividade, com o auxílio de um militar da GNR".
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No âmbito da Operação Aquiles foram realizadas cerca de 100 buscas domiciliárias e não domiciliárias em vários pontos do país, designadamente nas zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto, em Setúbal, Torres Vedras e Braga. Foram também apreendidos veículos, equipamentos informáticos, dinheiro, saldos de contas bancárias, outros valores e diversa documentação, bem como droga, salienta a PGR.
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Nesta operação estiveram envolvidos três magistrados do Ministério Público, um magistrado judicial e mais de 300 elementos da Polícia Judiciária. Participaram igualmente, no âmbito de cooperação internacional solicitada, magistrados da Audiência Nacional de Espanha e elementos do Cuerpo Nacional de Policia.
Neste inquérito, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ.
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(notícia actualizada às 23:37)
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