Raquel Desterro: Há tribunais das comarcas do Porto com condições indignas
Num relatório sobre a actividade da Procuradoria Distrital, publicado na sua página oficial na Internet, a magistrada destacou, entre os vários problemas, a falta de conforto e habitabilidade, de sistemas de digitalização e de gravação de declarações, a lentidão da rede informática ou ausência de acervo bibliográfico.
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Raquel Desterro recordou ainda que há tribunais que funcionam "há anos" em instalações provisórias, sem qualquer preservação climática ou sonora, como o Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia e o Tribunal de Família e Menores do Porto.
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"Devido às grandes amplitudes térmicas que a região enfrenta ao longo do ano, a generalidade dos edifícios é fria e húmida durante o Inverno e quente durante o Verão", salientou.
Falando em casos concretos, Raquel Desterro referiu que as instalações da 1.ª Secção de Família e Menores de Aveiro funcionam num espaço improvisado, separado por armários. Já a 1.ª Secção de Trabalho tem entrada por um centro comercial e acessos deficientes.
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A 1.ª Secção de Família e Menores de Braga funciona num prédio originalmente construído para habitação sem condições para albergar uma instância judicial e sem separação de circulação de utentes, funcionários e magistrados.
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Na comarca de Porto Este, os serviços do Ministério Público da Secção do Trabalho e do Departamento de Investigação e Acção Penal localizam-se numa construção modular colocada no pátio interior do edifício do palácio da justiça, solução cuja continuidade é insustentável, entendeu.
Os tribunais de Braga e Fafe carecem de obras de impermeabilização do teto e arranjos das paredes exteriores.
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Segundo Raquel Desterro continuam a faltar meios complementares de investigação e julgamento, nomeadamente ao nível da perícia e da acessória técnica, exemplificando a falta de resposta da generalidade dos Gabinetes Médico-Legais, do Laboratório de Polícia Científica, da Segurança Social ou da Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.
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Além de problemas específicos, a procuradora realçou que a falta de acervo bibliográfico é transversal à maioria dos tribunais, não existindo controlo das obras existentes, nem do seu paradeiro.
Em contrapartida, a procuradora afirmou que há tribunais com excelentes condições, nomeadamente Vila Nova de Famalicão, Matosinhos e São João da Madeira.
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