Mário Lino acusado de falso testemunho
O ex-ministro das Obras Públicas, Mário Lino, foi formalmente acusado de falso testemunho durante o processo “Face Oculta”, e arrisca pena de cinco anos, avança hoje o Correio da Manhã.
O ex-ministro de José Sócrates, segundo despacho de acusação, “prestou depoimentos com discrepâncias e absolutamente contraditórias” quanto às datas e aos contactos que manteve com Manuel Godinho, principal arguido no processo. Os juízes também detectaram imprecisões em relação ao número de vezes que o ex-governante diz ter falado com o então presidente da REFER, Luís Pardal.
O CM reproduz as declarações feitas por Lino ao MP e ao juíz. No primeiro caso, diz que “admito que depois da conversa com o sr. Manuel Godinho, e com o Pardal, e com a Secretária de Estado, que tivesse o sr. Manuel Godinho telefonado para o meu gabinete e deixado recado a dizer qualquer coisa que continuava a não ser recebido pelo presidente”. Já ao juiz disse, segundo o CM, que “recebi o sr. Manuel Godinho uma única vez, a primeira e a última, nunca mais o vi. Nem me lembro de haver nenhum telefonema ao sr. Manuel Godinho para o meu ministério. Não me lembro”.
O Ministério Público acredita que Armando Vara, também arguido, pressionou Mário Lino para ajudar nos negócios do sucateiro, Manuel Godinho.
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