Prisão preventiva para militares da Força Aérea suspeitos de corrupção
Os 12 militares interrogados na quarta-feira, no âmbito da Operação Zeus, ficaram em prisão preventiva. São suspeitos de corrupção.
Os 12 militares detidos no âmbito da Operação Zeus, entre os quais um major-general e outros seis oficiais de alta patente, foram interrogados na quarta-feira à tarde no Campus de Justiça de Lisboa. E a decisão já foi tomada: ficaram em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Tomar, avançou o Correio da Manhã.
Os militares foram todos detidos no âmbito da Operação Zeus, pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, em articulação com a 9.ª secção do DIAP de Lisboa e com a PJ Militar, referiu a mesma fonte.
Em causa está a continuação da investigação que levou a outras seis detenções em Novembro do ano passado, precisamente pelo mesmo esquema de sobrefacturação das compras de produtos alimentares para as cerca de 15 bases aéreas do país - o que permitiu a esta rede de militares prejudicar o Estado, em proveito próprio, na ordem dos 10 milhões de euros, explicou o CM.
Um major-general, que controlava as compras para as bases militares, um coronel, um tenente-coronel e um major estão entre os detidos por corrupção, abuso de poder e falsificação de documentos na comercialização de géneros alimentícios nas messes da Força Aérea, segundo fonte da PJ à agência Lusa.
Entre os 16 detidos constam ainda três capitães e cinco sargentos, além de quatro empresários do ramo alimentar.
Os quatro empresários foram ouvidos também na quarta-feira, suspeitos igualmente deste esquema de suborno no sector da restauração e que durava há vários anos.
Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que os quatro empresários ficaram sujeitos a apresentações periódicas às autoridades, medidas de coacção que foram conhecidas ao final da noite e após um longo interrogatório judicial.
(notícia actualizada às 00:44)
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