Trump diz que receitas das tarifas serão usadas para cortar impostos
O Presidente dos EUA, Donald Trump, indicou este domingo que as taxas alfandegárias, quando forem totalmente implementadas, vão ajudar a reduzir os impostos sobre a classe média. "Quando as tarifas começarem a entrar, os impostos sobre o rendimento serão substancialmente reduzidos, talvez mesmo completamente eliminados. O foco estará nas pessoas que ganham menos de 200.000 dólares por ano", escreveu Trump na Truth Social.
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Além da redução de impostos, Trump voltou a garantir que as tarifas permitirão um crescimento do emprego, com o ressurgimento da indústria norte-americana. "Também estão a ser criados números massivos de empregos, com novas fábricas e instalações industriais a serem construídas ou planeadas atualmente", escreveu o Presidente dos EUA na sua rede social.
Com as receitas das tarifas, que estão neste momento fixadas temporariamente numa taxa básica de 10% por 90 dias para a maioria dos países visados, Trump pretende prolongar as reduções de impostos que aprovou durante o seu primeiro mandato, que deverão expirar em grande parte no final de 2025. Durante a campanha, Trump também propôs isentar os impostos sobre as gorjetas e segurança social e cortar a taxa de IRC de 21% para 15%.
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As declarações de Trump surgem num momento em que as sondagens mostram que a maioria dos norte-americanos pensa que a Administração dos EUA não está a fazer o suficiente para reduzir os preços e que a Administração Trump não está a gerir bem a economia. O secretário do Tesouro, contudo, salientou que os consumidores continuam a gastar e que as negociações estão em curso com os parceiros comerciais.
Scott Bessent disse este domingo numa entrevista à ABC que as conversações envolvem 17 importantes parceiros comerciais, sem contar com a China. "Temos um processo em curso, ao longo dos próximos 90 dias, para negociar com eles", acrescentando que "alguns estão a correr particularmente bem, sobretudo com países asiáticos". O responsável reiterou que a China terá de voltar à mesa das negociações porque não conseguirá sustentar o nível de tarifas de 145% imposto pelos EUA.
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