O índice de preços no consumidor (CPI na sigla em inglês) dos EUA abrandou para 2,7% em novembro, abaixo dos 3% que tinham sido registados em setembro – os dados para outubro não estão ainda disponíveis, devido ao "shutdown" que afetou o funcionamento das agências governamentais norte-americanas.

O Departamento de Estatísticas de Trabalho dos EUA (Bureau of Labor Statistics) sublinha mesmo que "não recolheu dados de inquéritos relativos a outubro de 2025 devido a uma interrupção no financiamento orçamental".

O valor da inflação de novembro fica significativamente abaixo daquelas que eram as expectativas dos analistas (que apontavam para uma inflação na ordem dos 3,1%, segundo dados recolhidos pela Bloomberg).

A inflação subjacente (conhecida como core inflation), que exclui os preços de bens de valor volátil, como os da energia e alimentos, situou-se nos 2,6%.

Michael Hanson, economista no banco JP Morgan, considera que os dados divulgados "sugerem que o BLS poderá ter mantido fixos vários preços que não conseguiu recolher em outubro, o que provavelmente implica um enviesamento significativo nos números atuais", cita o Financial Times.

Os dados da inflação são revelados num contexto de flexibilização das taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) dos EUA, que na semana passada reduziu em 25 pontos-base a taxa diretora.