128 países da ONU condenam decisão norte-americana sobre Jerusalém
Os 128 países votaram a favor de uma resolução, sem carácter vinculativo, que foi proposta pelo Iémen e pela Turquia, em nome de um grupo de países árabes e da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), e que é contra o reconhecimento dos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel.
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Entre os 193 países-membros da Assembleia-geral da ONU, nove votaram contra a resolução e 35 optaram pela abstenção.
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Com base nos números divulgados, a votação contou com a participação de 172 países-membros da Assembleia-geral da ONU.
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Antes da votação da resolução, a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Nikki Haley, reiterou as advertências assumidas por Washington nos últimos dias aos países com assento na Assembleia-geral das Nações Unidas.
"Os Estados Unidos vão lembrar-se deste dia em se viram ridicularizados perante a Assembleia-geral pelo mero facto de exercer o seu direito de Estado soberano", disse Haley.
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"Vamos lembrarmo-nos quando pedirem uma vez mais para fazermos a maior contribuição (financeira) para as Nações Unidas", reforçou.
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Durante o debate sobre a resolução, o embaixador de Israel junto das Nações Unidas, Danny Danon, garantiu que o seu país "nunca será expulso de Jerusalém".
"Nenhuma resolução da Assembleia-geral vai expulsar-nos de Jerusalém", declarou o representante israelita.
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Esta votação acontece depois de Washington ter recorrido, na segunda-feira, ao seu direito de veto no Conselho de Segurança para impedir a adopção de uma resolução que também condenava a decisão norte-americana.
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Ao contrário do que se passa no Conselho de Segurança (os cinco membros permanentes do órgão têm direito de veto), na Assembleia-geral da ONU não há direito de veto e os textos adoptados não são vinculativos.
Trump anunciou a 6 de Dezembro que os Estados Unidos reconhecem Jerusalém como capital de Israel e que vão transferir a sua embaixada de Telavive para Jerusalém, contrariando a posição da ONU e dos países europeus, árabes e muçulmanos, assim como a linha diplomática seguida por Washington ao longo de décadas.
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A questão de Jerusalém é uma das mais complicadas e delicadas do conflito israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.
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Israel ocupa Jerusalém oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de Jerusalém como a sua capital indivisa.
Os palestinianos querem fazer de Jerusalém oriental a capital de um desejado Estado palestiniano, coexistente em paz com Israel.
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Jerusalém é considerada uma cidade santa para cristãos, judeus e muçulmanos.
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