Putin rejeita expulsar diplomatas americanos para não "baixar o nível"
Afinal a Rússia não deverá responder na mesma moeda à expulsão de diplomatas russos destacados nos Estados Unidos decretada esta quinta-feira pela administração liderada por Barack Obama.
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O presidente russo, Vladimir Putin, revelou esta sexta-feira, 30 de Dezembro, que rejeita seguir a recomendação feita pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, que sugeria que Moscovo também expulsasse 35 diplomatas americanos. O presidente russo acrescenta que não quer "baixar o nível" diplomático e adianta, numa provocação ao papel do ainda presidente, Barack Obama, que prefere esperar pelas decisões que vierem a ser tomadas pelo presidente eleito, Donald Trump.
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BREAKING: Russia will not expel anyone in response to US sanctions – Putin https://t.co/g4jnxRSoFD pic.twitter.com/lL10mRBlX9
Mantendo a mira apontada a Obama, Putin convida "os filhos de todos os diplomatas americanos acreditados na Rússia" a festejar o ano novo no Kremlin. A finalizar, o presidente russo lamentou que Obama esteja a concluir o seu segundo mandato presidencial "desta forma", aproveitando para "congratular" Trump e "todo o povo americano".
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A Casa Branca argumentou tratar-se de uma resposta à detecção de "actividades significativas" de pirataria informática que considera "inaceitáveis e que não serão toleradas" e ainda à perseguição de que têm sido alvo diplomatas americanos destacados em solo russo.
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US invents sanctions vs own children: FM spox denies CNN report on 'closure of Anglo-American school of Moscow' https://t.co/BnzVh4eqNV
Relações EUA-Rússia nas mãos de Trump
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Donald Trump, que assume funções a partir do próximo dia 20 de Janeiro, terá então de decidir sobre a permanência em vigor ou o levantamento destas sanções - assim como das penalizações económicas também impostas por Washington à Rússia na sequência da anexação unilateral da Crimeia. Trump poderá decretar o levantamento imediato das sanções. Ainda na noite desta quinta-feira, o presidente eleito dos EUA anunciou em comunicado irá reunir-se com os "líderes da comunidade dos serviços de inteligência, na próxima semana, para ser actualizado sobre os factos em torno desta situação".
É que além de Putin e Trump terem trocado elogios durante a campanha eleitoral, sabe-se que a perspectiva do presidente eleito dos EUA para a política externa norte-americana assenta numa ideia de retracção no plano internacional, o que só pode ser bem visto pelo presidente russo e por Moscovo. Ainda na quinta-feira a Rússia promoveu, juntamente com a Turquia, um acordo de cessar-fogo na Síria ignorando os Estados Unidos, o país que mais se envolveu no Médio Oriente nas últimas décadas.
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(Notícia actualizada às 13:15)
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