Trump vai anunciar tarifas sobre semicondutores em duas semanas. Taxa pode chegar aos 300%
O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que vai estabelecer a tarifa sobre os "chips" importados de outros países dentro de duas semanas. O republicano está a bordo do Air Force One, a caminho do Alasca, para se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para discutir um acordo de paz na Ucrânia. Em declarações aos jornalistas que o acompanham na viagem, Trump disse que a taxa sobre os semicondutores poderia ser ainda mais alta do que os 100% que havia definido na semana passada durante um evento com o CEO da Apple.
"Vou ter uma taxa que será de 200%, 300%?", respondeu aos jornalistas, esta sexta-feira, de acordo com a Bloomberg. "Vou estabelecer tarifas na próxima semana e na semana seguinte, sobre o aço e, diria, chips e semicondutores. Vamos estabelecê-las nalgum momento da próxima semana ou na semana seguinte" disse o Presidente, sem esclarecer se, de facto, vai alterar as taxas aplicadas ao aço, que aumentou para 50% no passado mês de junho.
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É uma nova onda de tarifas que já era esperada por parte de Trump, que tem vindo a ameaçar os setores dos semicondutores e farmacêutico com mais taxas. Ambos os setores estão sob investigação do Departamento de Comércio desde abril, um pré-requisito para que a Casa Branca imponha tarifas por motivos de "segurança nacional". No entanto, os processos podem estender-se por meses.
No passado dia 10 de agosto, duas fabricantes de semicondutores, a Nvidia e a AM, concordaram em partilhar 15% das receitas oriundas da venda de chips na China com o Governo norte-americano. Esta terá sido a concessão feita pelas tecnológicas para ser possível exportar semicondutores para o país asiático. Dias mais tarde, Trump admitiu conceder o mesmo benefício a outras empresas, até de outras indústrias.
Donald Trump admitiu ainda, esta sexta-feira, abordar com Putin a questão das tarifas, dizendo ainda que acredita que o Presidente russo planeava em levar "líderes empresariais" para a cimeira. "Reparei que Putin está a trazer muitos empresários da Rússia, e isso é bom, gosto disso porque eles querem fazer negócios. Mas não vão fazer negócios até que a guerra esteja resolvida", afirmou.
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