Ucrânia quer banir importações de petróleo russo
A Ucrânia planeia banir as importações de produtos petrolíferos russos e remover as taxas sobre veículos em segunda mão excepto para os de origem russa. A informação foi avançada pelo primeiro-ministro Arseny Yatseniuk, sendo a mais recente medida no âmbito de uma guerra comercial entre os dois países.
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"Pedi ao ministro da Economia que prepare um mecanismo para banir a compra de produtos petrolíferos do país agressor, que é a Federação Russa", disse o primeiro-ministro, citado pela Reuters.
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A proposta será discutida numa reunião extraordinária do Governo esta sexta-feira, adianta a agência russa Sputnik News.
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A pressão é exercida de ambos os lados. Em Fevereiro deste ano, Moscovo apresentou uma acção judicial no Supremo Tribunal de Londres contra a Ucrânia por incumprimento. O país não pagou um conjunto de obrigações no valor de 3 mil milhões de dólares detidas pela Rússia.
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No início do mês passado, a União Europeia decidiu prolongar as sanções contra russos e ucranianos até Setembro, envolvidos no conflito da Ucrânia. Como resultado, 146 pessoas permanecem privadas de visto para entrarem na União Europeia e os seus bens foram congelados. Há também 37 empresas ou organizações visadas nestas sanções.
No centro da discórdia está a anexação da Crimeia pela Rússia, que remonta a Março de 2014, e o alegado apoio de Moscovo aos rebeldes separatistas que lutam contra o exército ucraniano, algo que tem vindo a ser negado pelo governo de Vladimir Putin.
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A somar ao conflito está ainda a instabilidade política no país, onde o presidente procura uma reformulação governamental profunda sem ter de convocar eleições, mas cujas ambições têm sido travadas por falta de consensos parlamentares.
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O país enfrenta igualmente sérias dificuldades financeiras. O Fundo Monetário Internacional, instituição liderada por Christine Lagarde, já alertou que a instabilidade política pode colocar em causa o programa de ajuda financeira no valor de 17,5 mil milhões de dólares (15,7 mil milhões de euros). Desde Outubro que a Ucrânia aguarda que o FMI desbloqueia a terceira tranche no valor de 1,5 mil milhões de euros.
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"Sem um novo esforço muito substancial para revigorar as reformas governamentais e combater a corrupção, é difícil ver como é que um programa apoiado pelo FMI pode continuar e ser bem-sucedido", disse Lagarde citada pela Reuters.
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