China restringe exportação de metais para chips. Empresas correm a assegurar fornecimento
O anúncio por parte do Ministério do Comércio chinês de colocar entraves às exportações de gálio, germânio e mais de uma dezena de derivados dos dois metais esta segunda-feira apanhou as empresas de surpresa. E muitas estão a correr para assegurar o fornecimento destas matérias-primas necessárias para construção de semicondutores e de veículos elétricos, noticia a Reuters.
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O objetivo, veiculado pelo gabinete ministerial chinês, é o de "proteger a segurança e os interesses" da China, sendo necessária uma aprovação específica das autoridades para os metais serem vendidos, já a partir do dia 1 de agosto. A China é o maior produtor mundial de ambos os elementos, com mais de 95% da produção de gálio e 67% da produção de germânio. A decisão está a ser largamente entendida como um escalar da guerra comercial com os Estados Unidos e poderá gerar ainda mais dirupções a nível das cadeias de fornecimento mundiais. Segundo a mesma agência de informação uma fabricante de semicondutores afirmou esta terça-feira que já tinha solicitado licenças de exportação ao governo chinês, com o objetivo de assegurar os investidores, ao passo que uma empresa chinesa produtora de germânio indicou que tinha recebido vários pedidos durante a noite. "A China atingiu as restrições comerciais aos Estados Unidos onde dói", começou por explicar Peter Arkell, "chairman" da Global Mining Association of China, à Reuters. "O gálio e o germânio são metais limitados que são tão importantes para um conjunto de produtos tecnológicos e a China é o produtor dominante da maior parte destes metais", referiu também. "É uma fantasia pensar que outro país pode substituir a China no curto ou mesmo no médio-prazo", realçou Arkell. Em 2022, os maiores importadores de produtos com gálio foram o Japão, a Alemanha e os Países Baixos, informou o site noticioso chinês Caixin. Já no germânio os maiores importadores foram o Japão, França, Alemanha e os Estados Unidos. Segundo fontes da mesma agência, o Ministério do Comércio chinês irá reunir-se esta quinta-feira com os maiores produtores destes metais para discutir as recentes restrições. A decisão da China acontece dias antes da secretária do Tesouro, Janet Yellen, visitar Pequim de quinta-feira a domingo. A visita é a segunda de um alto representante do Executivo norte-americano, depois do secretário de Estado Anthony Blinken ter estado de visita à capital chinesa.
A China é o maior produtor mundial de ambos os elementos, com mais de 95% da produção de gálio e 67% da produção de germânio. A decisão está a ser largamente entendida como um escalar da guerra comercial com os Estados Unidos e poderá gerar ainda mais dirupções a nível das cadeias de fornecimento mundiais.
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Segundo a mesma agência de informação uma fabricante de semicondutores afirmou esta terça-feira que já tinha solicitado licenças de exportação ao governo chinês, com o objetivo de assegurar os investidores, ao passo que uma empresa chinesa produtora de germânio indicou que tinha recebido vários pedidos durante a noite.
"A China atingiu as restrições comerciais aos Estados Unidos onde dói", começou por explicar Peter Arkell, "chairman" da Global Mining Association of China, à Reuters. "O gálio e o germânio são metais limitados que são tão importantes para um conjunto de produtos tecnológicos e a China é o produtor dominante da maior parte destes metais", referiu também.
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"É uma fantasia pensar que outro país pode substituir a China no curto ou mesmo no médio-prazo", realçou Arkell.
Em 2022, os maiores importadores de produtos com gálio foram o Japão, a Alemanha e os Países Baixos, informou o site noticioso chinês Caixin. Já no germânio os maiores importadores foram o Japão, França, Alemanha e os Estados Unidos.
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Segundo fontes da mesma agência, o Ministério do Comércio chinês irá reunir-se esta quinta-feira com os maiores produtores destes metais para discutir as recentes restrições.
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