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Comissão de Direitos Humanos preocupada com situação na Venezuela

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manifestou "preocupação" pelas "restrições ao exercício de direitos fundamentais" na Venezuela.

Nicolas Maduro Venezuela
Nicolas Maduro Venezuela Reuters
14 de Setembro de 2016 às 23:52

"A CIDH e a sua relatora especial para a liberdade de expressão condenam a onda de ameaças, detenções, rusgas e início de processos penais contra membros de partidos políticos opositores, manifestantes pacíficos e jornalistas", explica o documento publicado na página da organização na Internet.

Segundo a CIDH, estas preocupações surgem "no quadro de uma série de restrições ao exercício de direitos fundamentais, impostas pelo governo venezuelano contra quem expresse o seu apoio à promoção de um referendo revogatório" do mandato do presidente Nicolás Maduro (na foto). A CIDH lamenta "as destituições em massa de funcionários públicos, por alegadamente terem assinado" no sentido de solicitar a realização da consulta popular.

O comunicado explica que "o sistema interamericano de direitos humanos estabeleceu que os cidadãos têm direito a participar no rumo dos assuntos públicos através de representantes livremente eleitos" e que a decisão do STJ "poderá constituir uma restrição indevida ao exercício de direitos políticos e afectar seriamente o funcionamento do sistema democrático".

Por outro lado, refere que foi recebida informação sobre obstáculos ao livre-trânsito e ao exercício do direito de participar em manifestações públicas contra Nicolás Maduro, através de controlos militares, policiais e dos serviços secretos em estradas e vias de acesso a Caracas.

O documento cita ainda casos de detenção de vários líderes opositores, "à margem da lei e acompanhadas de maus-tratos", acusados de conspirar contra o governo. "A CIDH expressa profunda preocupação pela alegada manipulação do poder punitivo do Estado, para controlar, castigar ou impedir o exercício dos direitos à liberdade de associação, de expressão e participação política de líderes da oposição, manifestantes e jornalistas", sublinha.

O comunicado conclui com "um apelo ao Estado da Venezuela para que cesse as detenções à margem da lei" e para "não dar curso a processos judiciais sem base de sustentação contra líderes políticos, jornalistas e manifestantes".

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