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Exigências de Pequim interrompem negociações para fornecimento de gás russo

A China e a Rússia estão a negociar um acordo de fornecimento de gás através do gasoduto Power of Siberia 2, mas as conversações estão interrompidas devido às exigências de preço de Pequim.

gazprom gas russo
gazprom gas russo Reuters
03 de Junho de 2024 às 12:16

As conversações entre a Rússia e a China com vista a um acordo de fornecimento de gás através do gasoduto Power of Siberia 2 estão interrompidos. Em causa estão os elevados custos da matéria-prima e os níveis de fornecimento pedidos por Pequim, avança o Financial Times, que cita três fontes conhecedoras do assunto.

A China pede um pagamento aproximado aos preços domésticos da Rússia, que são fortemente subsidiados, e indicou que está apenas interessada em comprar uma pequena fração da capacidade anual do gasoduto de 50 mil milhões de metros cúbicos.

A Gazprom - empresa estatal russa que tem o monopólio da exploração gasífera - registou, no ano passado, prejuízos de 629 mil milhões de rublos (6,4 mil milhões de euros), devido à queda acentuada das vendas para a Europa. Por isso, a aprovação deste acordo poderá ser transformadora para o futuro da empresa.

Apesar de a Rússia se mostrar confiante num acordo "num futuro próximo", duas fontes indicam que o impasse foi a razão pela qual o CEO da Gazprom, Alexei Miller, não esteve com Putin na visita do chefe de Estado a Pequim no mês passado.

Miller, que se encontrava numa viagem ao Irão, teria sido essencial para qualquer negociação com a China e a sua ausência foi "altamente simbólica", explicou ao Financial Times Tatiana Mitrova, investigadora do Centro de Política Energética Global da Universidade de Columbia.

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