Depois de em 2011 ter sido considerada a cidade mais cara do mundo, a capital de Angola, Luanda, voltou a ser classificada como a mais cara em 2013 para os não nativos. De acordo com um estudo sobre o custo de vida em várias cidades do globo da consultora Mercer, divulgado esta terça-feira, Moscovo é a segunda cidade mais cara e Tóquio a terceira. As restantes cidades europeias que figuram no top das dez mais caras são todas cidades suíças.  

“Apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo de África, Angola é um país relativamente pobre, mas caro para os expatriados, uma vez que os bens importados são caros. Além disso, encontrar um local seguro para habitar que atenda aos padrões de vida dos estrangeiros pode ser difícil e caro”, Barb Marder, sócia da Mercer no estudo.

O estudo, que tem como base de análise o custo de vida em Nova Iorque, compara o preço de mais de 200 bens e serviços em 214 cidades dos cinco continentes. Ndjamena, no Chade e Singapura fecham o “ranking” das cinco mais caras. Segue-se Hong Kong, Genebra, Zurique e Berna. Sidney fecha o top 10.

A análise feita pela Mercer é principalmente dirigida às empresas e governos, que por motivos laborais enviam os seus funcionários para o estrangeiro e têm de suportar as despesas. Dos vários itens analisados pela consultora o alojamento revela-se o mais caro. A título de exemplo, a Mercer indica que arrendar um apartamento de luxo, com tipologia T2, sem mobília em Luanda custa, em média, 6.500 dólares (4.935 euros) por mês. Em Moscovo, o mesmo tipo de imóvel custa 4.600 dólares.

Um par de “jeans” custa na capital angolana cerca de 204,41 dólares, ao passo que em Zurique custa 141,26 dólares. Um café em Managua (Nicarágua) custa cerca de 1,54 dólares, mas em Moscovo pode chegar 8,29 dólares.  Um bilhete para uma sessão de cinema em Joanesburgo custa aproximadamente 5,91 dólares e em Londres custa 20,10 dólares.

“Os recentes eventos mundiais, nomeadamente a instabilidade económica e política, resultaram em flutuações cambiais, inflação do custo de bens e serviços e volatilidade nos preços dos alojamentos impulsionaram o custo nestas cidades, tornando-as caras”, refere Barb Marder.