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Presidentes da Alemanha e de Portugal prometem apoio contínuo à Ucrânia

Os dois chefes de Estado voltaram a encontrar-se para a cerimónia de abertura do festival Bürgerfest (Festa dos Cidadãos, em português), uma iniciativa que conta este ano com Portugal como país convidado.

Marcelo Rebelo de Sousa e Frank-Walter Steinmeier prometem apoio à Ucrânia, em Berlim
Marcelo Rebelo de Sousa e Frank-Walter Steinmeier prometem apoio à Ucrânia, em Berlim Filip Singer Lusa/EPA
19:52

Os chefes de Estado de Portugal e da Alemanha prometeram esta sexta-feira apoio contínuo à Ucrânia perante a invasão da Rússia, recordando uma frase de Willy Brandt de que "a paz não é tudo, mas, sem paz, tudo é nada".

Depois de, esta manhã, se terem reunido no Palácio Bellevue, residência oficial do Presidente alemão, os dois chefes de Estado voltaram a encontrar-se esta tarde nos jardins do mesmo edifício, para a cerimónia de abertura do festival Bürgerfest (Festa dos Cidadãos, em português), uma iniciativa cidadã que conta este ano com Portugal como país convidado.

Num discurso nessa cerimónia, o Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, salientou que Portugal e a Alemanha são países ligados por "uma estreita amizade" e ele próprio tem uma "amizade pessoal" com Marcelo Rebelo de Sousa, "o que não é muito comum na política".

Depois, aludindo ao facto de Marcelo Rebelo de Sousa terminar o seu mandato de Presidente da República em março de 2026, Steinmeier salientou que esta é a sua "visita de despedida à Alemanha" e fez um balanço.

"Fico feliz em poder dizer que a nossa cooperação ao longo de todos estes anos sempre foi marcada pelo diálogo, pela proximidade, confiança política e, acima de tudo, por um claro compromisso com a Europa", destacou.

Para o chefe de Estado alemão, esses são elementos que, "especialmente em tempos difíceis, nunca são suficientemente valorizadas".

"O senhor Presidente sabe, todos nós sabemos, que a paz é uma ideia. Os europeus estão hoje a ser mais contestados do que nunca. A guerra de agressão da Rússia e as forças populistas na Europa ameaçam a nossa liberdade, pelo que é ainda mais importante que nós, europeus, ajamos hoje de forma unida", pediu, agradecendo a Portugal pelo apoio que tem dado à Ucrânia.

Este tema foi abordado igualmente abordado por Marcelo Rebelo de Sousa no seu discurso, em que, entre palavras em português e alemão, frisou que a Alemanha e Portugal "são fortes aliados na União Europeia, na NATO e nas Nações Unidas, bem como importantes parceiros económicos".

"Estamos sempre juntos com a Ucrânia. Sempre. Nunca vamos esquecer a Ucrânia", assegurou, frisando que Portugal e a Alemanha "são países amigos que partilham e praticam os mesmos valores e princípios fundamentais: a paz, a democracia, a liberdade de expressão, a dignidade, os direitos humanos".

"Devemos continuar a guiar-nos pelas palavras do Prémio Nobel da Paz [de 1971], Willy Brandt: a paz não é tudo, mas, sem paz, tudo é nada", disse, recebendo um forte aplauso da plateia que o ouvia.

Após estas palavras, o Presidente da República destacou a importância das relações bilaterais entre Portugal e a Alemanha, destacando em particular o peso dos turistas alemães na economia portuguesa.

"Se desejarem visitar o nosso país, o Turismo de Portugal ajuda-vos a decidir para onde rumar: norte, sul, litoral, montanha ou as deslumbrantes ilhas da Madeira e dos Açores", desafiou Marcelo Rebelo de Sousa.

Após este discurso, o qual o Presidente alemão apresentou as condolências a Portugal pelo acidente do Elevador da Glória, os dois chefes de Estado percorreram o recinto da Bürgerfest, nos jardins da residência oficial do Presidente alemão, tendo tirado 'selfies', parado em bancas como a do Turismo de Portugal ou do Oceanário de Lisboa.

Na banca da Federação Portuguesa, onde estava patente a taça da Liga das Nações conquistada por Portugal em junho, Marcelo Rebelo de Sousa ofereceu a Steinmeier uma camisola da seleção nacional com o seu nome e o número 7, assinada por Cristiano Ronaldo.

Apesar de não ter parado para comer hambúrgueres, "o lapso" do líder do Chega -- que confundiu a Bürgerfest com um "festival de hambúrgueres" -- acabou por não passar despercebido, com um cidadão português a dirigir-se ao Presidente da República e a perguntar-lhe se já tinha comido hambúrgueres. Marcelo Rebelo de Sousa pareceu não ouvir.

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