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Temporada dos Nobel arranca segunda-feira e galardão da Paz está no centro das atenções

O nome do presidente dos Estados Unidos foi proposto ao Comité Nobel Norueguês para o Nobel da Paz e nos últimos meses a eventual atribuição do galardão, num anúncio agendado para sexta-feira, tem sido frequentemente mencionada e reclamada pelo próprio Trump.

Alex Brandon
10:40

A temporada dos prémios Nobel arranca na segunda-feira com o anúncio do vencedor da categoria de Medicina, mas, na edição deste ano, é o galardão da Paz que concentra as atenções por causa do Presidente norte-americano, Donald Trump.

É do conhecimento público que o nome do líder dos Estados Unidos foi proposto ao Comité Nobel Norueguês para o Nobel da Paz e nos últimos meses a eventual atribuição do galardão, num anúncio agendado para sexta-feira (dia 10 de outubro), tem sido frequentemente mencionada e reclamada pelo próprio Trump.

Este é o único dos Nobel a ser atribuído em Oslo pelo Comité Nobel Norueguês, com as restantes categorias a serem anunciadas em Estocolmo, Suécia.

Será assim na segunda-feira, às 10:30 (hora de Lisboa), quando o anúncio do Nobel da Medicina em Estocolmo abrir a temporada dos galardões.

Segue-se a Física (terça-feira, dia 07), a Química (quarta-feira, dia 08), a Literatura (quinta-feira, dia 09), a Paz (sexta-feira, dia 10) e a Economia (segunda-feira, dia 13).

É no dia 10 de outubro que será anunciado o prémio internacional de mais alto nível atribuído a uma pessoa ou organização que tenha feito o máximo para “promover a união entre nações”, ou seja, o Nobel da Paz.

Numa altura em que o mundo vive vários conflitos, nomeadamente o da Ucrânia com a Rússia e o de Israel em Gaza, o Prémio Nobel da Paz será seguido com especial atenção, porque as atenções estão viradas para um potencial vencedor que divide largamente opiniões: Donald Trump.

Trump, que já afirmou considerar que será um insulto para os Estados Unidos se não receber o Nobel da Paz, foi nomeado publicamente pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pela “dedicação inabalável e excecional à promoção da paz, da segurança e da estabilidade em todo o mundo”.

O governante norte-americano foi também proposto para o Nobel da Paz pelo Paquistão, pelo seu “trabalho na resolução do conflito entre a Índia e o Paquistão”.

No seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, há cerca de 10 dias, o Presidente norte-americano garantiu que, desde que voltou a assumir o poder na Casa Branca, em janeiro passado, tinha acabado com sete guerras, sem, no entanto, as nomear.

“Toda a gente diz que eu deveria ganhar o Prémio Nobel da Paz por cada uma dessas conquistas, mas, para mim, o verdadeiro prémio serão os filhos e filhas que viverão para crescer com as suas mães e pais porque milhões de pessoas não estão e vão ser mortas em guerras intermináveis”, disse.

Se Trump ganhar o prémio, será o quinto Presidente dos Estados Unidos laureado com o Nobel da Paz, depois de Theodore Roosevelt, Woodrow Wilson, Jimmy Carter e Barack Obama.

O Prémio Nobel da Paz tem sido frequentemente visto como portador de uma mensagem política e o próprio ‘site’ do Comité Nobel admite que alguns galardoados foram “atores políticos altamente controversos”, mas lembra que a atribuição do galardão aumenta exponencialmente o foco do público nos conflitos em causa.

Em 2024, o Nobel da Paz foi dado à organização japonesa Nihon Hidankyo (Confederação Japonesa de Organizações de Vítimas de Bombas A e H), um grupo formado por sobreviventes das bombas atómicas lançados no Japão durante a II Guerra Mundial que defende a abolição de armas nucleares.

Este ano, e de acordo com os ‘sites’ de apostas que costumam reunir milhares de votos antes dos anúncios do Comité do Nobel, a lista de favoritos inclui também a iniciativa Salas de Resposta de Emergência no Sudão, uma rede de voluntários que ajuda ‘online’ as vítimas da maior crise humanitária do mundo, e a ativista russa Yulia Navalnaya, viúva do opositor russo Alexei Navalny, que morreu em fevereiro de 2024 quando cumpria uma pena de prisão num campo prisional no Ártico.

Não é só o Nobel da Paz que agrega apostas. Também o prémio dedicado à Literatura tem seguidores por todo o mundo que especulam sobre os possíveis vencedores.

Este ano, as apostas recaem sobre o escritor australiano Gerald Murnane, mas passam também pelo romancista húngaro László Krasznahorkai e pela mexicana Cristina Rivera Garza.

Os prémios Nobel nasceram da vontade do químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel em doar a sua imensa fortuna para o reconhecimento de personalidades que prestassem serviços à Humanidade.

O inventor da dinamite expôs este desejo num testamento redigido em Paris em 1895, um ano antes da sua morte. Os prémios foram atribuídos pela primeira vez em 1901.

As cerimónias de atribuição dos prémios decorrerão no dia 10 de dezembro, data que assinala o aniversário do seu fundador.

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