BCE pode transformar programas de emergência em ferramentas permanentes
Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), diz que os programas de emergência criados para responder ao impacto económico da atual pandemia, como a compra adicional de ativos ou o apoio extraordinário aos bancos, poderão tornar-se ferramentas permanentes da instituição monetária no futuro. Entre os programas mencionados está o Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP), reforçado com 1,35 biliões de euros, para a aquisição de ativos. Não é a primeira vez que Lagarde abre a porta a esta flexibilidade na atuação do banco central mas, até ao momento, não tem conseguido gerar consenso interno. Para além de mostrar vontade em abrir ainda mais o espectro da flexibilidade do banco, a presidente do banco tinha já mencionado que os Estados-membros da União Europeia deviam pensar em tornar permanente o fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros - a chamada "bazuca" europeia - acordado pelos líderes europeus para minimizar os efeitos do coronavírus na região. Numa conferência de abertura do Fórum Anual do BCE, que nos últimos cinco anos teve lugar em Sintra, Lagarde mostra que a política monetária do BCE irá continuar a focar-se nos programas de compra de ativos e nas operações de financiamento a longo prazo para o setor bancário, uma vez que "mostraram resultados positivos nos mercados". Depois do discurso, as bolsas europeias alargaram os ganhos e os juros da dívida afundaram as quedas. "Enquanto todas as opções estão em cima da mesa, o PEPP e o TLTRO provaram ser eficientes no atual ambiente e pode ser ajustado de forma dinâmica para reagir à evolução da pandemia", refere. Com isto, Lagarde torna cada vez mais provável um novo reforço em dezembro para estes dois programas. Na última reunião de política monetária do banco, que decorreu no final de outubro, Lagarde optou por manter uma segunda vaga de munições em modo de espera, até ao encontro em dezembro. Aí, é consensual entre os analistas que o BCE injete mais liquidez no PEPP na ordem dos 500 mil milhões de euros, passando para os 1,850 biliões de euros. A líder da instituição mostrou-se preocupada com a saúde dos serviços na Zona Euro, que deverão continuar a "encolher" até que a vacina contra o coronavírus seja dsiponibilizada, alerta. Ainda assim, Lagarde mostra-se confiante com as notícias "encorajadoras" sobre o seu sucesso na prevenção. Este ano, a edição do Fórum - que durará até amanhã - será realizada apenas online, devido às circunstâncias atuais. O tema que vai reunir governadores de vários bancos centrais e outros académicos será o posicionamento destas instituições no atual mundo em mudança.
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Entre os programas mencionados está o Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP), reforçado com 1,35 biliões de euros, para a aquisição de ativos. Não é a primeira vez que Lagarde abre a porta a esta flexibilidade na atuação do banco central mas, até ao momento, não tem conseguido gerar consenso interno.
Para além de mostrar vontade em abrir ainda mais o espectro da flexibilidade do banco, a presidente do banco tinha já mencionado que os Estados-membros da União Europeia deviam pensar em tornar permanente o fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros - a chamada "bazuca" europeia - acordado pelos líderes europeus para minimizar os efeitos do coronavírus na região.
Numa conferência de abertura do Fórum Anual do BCE, que nos últimos cinco anos teve lugar em Sintra, Lagarde mostra que a política monetária do BCE irá continuar a focar-se nos programas de compra de ativos e nas operações de financiamento a longo prazo para o setor bancário, uma vez que "mostraram resultados positivos nos mercados".
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Depois do discurso, as bolsas europeias alargaram os ganhos e os juros da dívida afundaram as quedas.
"Enquanto todas as opções estão em cima da mesa, o PEPP e o TLTRO provaram ser eficientes no atual ambiente e pode ser ajustado de forma dinâmica para reagir à evolução da pandemia", refere. Com isto, Lagarde torna cada vez mais provável um novo reforço em dezembro para estes dois programas.
Na última reunião de política monetária do banco, que decorreu no final de outubro, Lagarde optou por manter uma segunda vaga de munições em modo de espera, até ao encontro em dezembro. Aí, é consensual entre os analistas que o BCE injete mais liquidez no PEPP na ordem dos 500 mil milhões de euros, passando para os 1,850 biliões de euros.
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A líder da instituição mostrou-se preocupada com a saúde dos serviços na Zona Euro, que deverão continuar a "encolher" até que a vacina contra o coronavírus seja dsiponibilizada, alerta. Ainda assim, Lagarde mostra-se confiante com as notícias "encorajadoras" sobre o seu sucesso na prevenção.
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