Fed aumenta juros para máximos de 22 anos e abre a porta a mais subidas

A taxa de fundos federais passou para um intervalo entre 5,25% e 5,5%, após a autoridade monetária liderada por Jerome Powell ter decidido realizar um aumento de 25 pontos base, que sucedeu uma pausa no ciclo de subidas dos juros diretores na última reunião.
bloomberg
Fábio Carvalho da Silva 26 de Julho de 2023 às 19:04

A Reserva Federal (Fed) norte-americana aumentou a taxa dos fundos federais em 25 pontos base - como era esperado pelo mercado - para um intervalo entre 5,25% e 5,5%, informou o banco central em comunicado.

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A taxa de juro diretora subiu assim para o nível mais alto em 22 anos. Além de subir os juros diretores, a Fed reitera que vai continuar a reduzir a dívida contida no balanço, "conforme foi descrito" em comunicados anteriores.

"O Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) continua fortemente comprometido em fazer regressar a inflação aos 2%", assegura a Fed. Este aumento de 25 pontes de base sucede-se ao momento de pausa no ciclo de subida dos juros, após a última reunião de política monetária em junho.

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Olhando para o contexto atual, o banco central salienta que "os indicadores mais recentes apontam para que a economia tem crescido a um ritmo moderado". A Fed frisa ainda que "os dados do emprego tem sido robustos nos últimos meses" e que "a taxa de desemprego tem se mantido baixa". Já a inflação "permanece elevada".

O aperto das condições de concessão de crédito bancário "porvavelmete vão pressionar a atividade económica,o emprego e a inflação", no entanto, "a amplitude destes efeitos permanece incerta".

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A Fed acrescenta que o sistema bancário "é sólido e resiliente", um dia depois de o Banc of California ter chegado a um acordo de fusão com o PacWest, depois desta última instituição financeira ter sido obrigada nos últimos meses a vender ativos para fazer frente às perdas gerada pelas corridas aos depósitos.

Já olhando para o futuro, a autoridade monetária sublinha que "que está preparada para ajustar a política monetária, caso surjam riscos que possam impedir", que fazer a inflação cair para a meta dos 2%.

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Para tomar estas decisões, o FOMC terá em conta "um amplo leque de informações, incluindo dados sobre o mercado de trabalho, as pressões inflacionistas, as expectativas da inflação", assim como a conjuntura financeira e internacional.

A inflação nos Estados Unidos abrandou para 3% em junho, face ao mesmo período do ano passado.

(Notícia atualizada às 19:23 horas).

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