Ana Gomes candidata à Presidência: "Não posso desertar deste combate pela democracia"
Ana Gomes apresentou a sua candidatura à Presidência da República e arrancou com críticas ao PS. "Durante meses e meses esperei que o meu próprio partido apresentasse o seu candidato, saído das suas fileiras ou área politica. Não compreendo nem aceito a desvalorização de um ato tão significante como a eleição para a Presidência da República."
PUB
A antiga eurodeputada mencionou os "milhares e milhares de portugueses desiludidos e deixados para trás pela crise, desemprego, doença e exclusão". "Têm que voltar a acreditar que a democracia vale a pena e que só com democracia e solidariedade entre gerações poderá voltar a haver esperança no futuro deste país. Não posso desertar deste combate pela democracia. Tenho abertura e capacidade para dialogar. Quero ouvir todos os quadrantes democráticos e cuido, sempre cuidei e quero cuidar deste pais", garantiu.
PUB
Ana Gomes disse apoiar a sua candidatura nos valores da "liberdade e democracia" e frisou não compreender como o socialismo democrático pode "não participar nesta eleição quando vivemos tempos estranhos de grave crise económica desencadeiada pela crise global", caracterizada por "tensões sociais e políticas, desemprego, mais desigualdades e inseguranças".
"Sabemos que forças antidemocráticas espreitam por desígnios autoritários que só podem trazer repressão e violência como a História ensina. Não é possível ignorarmos que uma parte do sistema se deixou corroer capturado por interesses financeiros, económicos e outros que não servem o interesse público geral", atirou.
A candidata presidencial assumiu a "defesa da liberdade e democracia contra as desigualdades", contra descartar os mais velhos e contra a "tacanhez de não dar oportunidades aos mais jovens", bem como contra "a iniquidade fiscal, contra a corrupção, a frouxidão do combate ao crime económico e financeiro". "Não podemos continuar a empurrar cidadãos para as margens", sublinhou Ana Gomes.
PUB
"Acredito que Portugal precisa de uma presidência diferente, de uma presidente que dê garantias de independência, que sirva o interesse nacional e que não tenha medo de ir contra interesses instalados. Que trabalhe contra as desigualdades. Candidato-me pela transparência e defesa intransigentes da liberdade e democracia", prometeu.
Mais lidas
O Negócios recomenda