Bloco de Esquerda anuncia abstenção na primeira votação do Orçamento
O voto poderia até nem ser decisivo mas, ainda assim, o Bloco de Esquerda (BE) anunciou que se vai abster na primeira votação do Orçamento do Estado, na generalidade, esta sexta-feira.
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"Esta negociação decorreu em condições difíceis e só terminou esta manhã", disse a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins. "Temos questões ainda em aberto mas [também] questões que estão garantidas", disse.
A eliminação das taxas moderadoras nos centros de saúde, um reforço de 180 milhões de euros no SNS, um regime de exclusividade para os médicos em cargos dirigentes, a criação de equipas de saúde mental, a atualização extraordinária das pensões, a redução em 20% das propinas no primeiro ciclo do ensino superior ou o alargamento do complemento solidário para idosos (com a eliminação do rendimento dos filhos até ao terceiro escalão) estão entre as medidas que o Bloco garante que estão fechadas com o Governo.
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A energia, os salários, e as alterações a outros apoios sociais estão em aberto, referiu Catarina Martins.
A declaração foi feita na sede do BE, um dia depois de o PCP e PAN terem anunciado que também se vão abster, com condições. Bastaria um voto idêntico do do PEV (que geralmente vota ao lado do PCP) ou de outro deputado para viabilizar a proposta do Governo.
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O Bloco de Esquerda esteve ontem à tarde reunido com o Governo durante cinco horas. Seguiu-se uma reunião da comissão política.
"Havendo caminho negocial a abstenção parece-nos que é o que responde às necessidades do país", justificou a coordenadora do Bloco. Quanto à votação final global, "está tudo em aberto", referiu.
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