Carlos César diz que PS se “orgulha” do legado de Sócrates
Carlos César já tinha admitido que o caso de José Sócrates, tal como o de Manuel Pinho, é uma "vergonha" para o PS. Em reacção à saída do ex-primeiro-ministro do partido, o presidente dos socialistas fez questão de destacar que o partido se "orgulha" do legado do governante. Mas diz que haverá um "sentimento de revolta" se a acusação se confirmar. "O PS orgulha-se do seu contributo ao longo de toda a história democrática para o progresso do nosso país e em especial das circunstâncias em que o PS assumiu responsabilidades governativas", afirmou o líder parlamentar do PS na Assembleia da República esta sexta-feira, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas. Para Carlos César, "José Sócrates deixou uma marca muito positiva em Portugal". O socialista tentou dissipar a ideia de que existe uma mudança no discurso do PS. "Não há nenhuma mudança na questão fundamental: a separação da justiça e da política", disse Carlos César, admitindo apenas que "se se confirmarem essas suspeitas e acusações, [o PS] sente entristecimento e um sentimento de revolta".
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"O PS orgulha-se do seu contributo ao longo de toda a história democrática para o progresso do nosso país e em especial das circunstâncias em que o PS assumiu responsabilidades governativas", afirmou o líder parlamentar do PS na Assembleia da República esta sexta-feira, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas. Para Carlos César, "José Sócrates deixou uma marca muito positiva em Portugal".
O socialista tentou dissipar a ideia de que existe uma mudança no discurso do PS. "Não há nenhuma mudança na questão fundamental: a separação da justiça e da política", disse Carlos César, admitindo apenas que "se se confirmarem essas suspeitas e acusações, [o PS] sente entristecimento e um sentimento de revolta".
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Carlos César começou a sua declaração por dizer que o PS tomou conhecimento da saída de Sócrates, "uma decisão assumida de forma responsável". Esta sexta-feira o ex-primeiro-ministro anunciou que se iria desfiliar do Partido Socialista. Numa carta divulgada pelo Jornal de Notícias, José Sócrates justificou a saída com a "condenação sem julgamento" do PS. "É chegado o momento de pôr fim a este embaraço mútuo", escreveu Sócrates. Na carta o primeiro-ministro que conquistou a única maioria absoluta do PS escreve que "estranhos tempos são estes em que lembrar o princípio estrutural do Direito moderno, a presunção de inocência, se confunde com a defesa seja de quem for". O socialista chega mesmo a acusar a actual direcção do PS de "injustiça", "juntando-se à direita política na tentativa de criminalizar uma governação".
Na carta o primeiro-ministro que conquistou a única maioria absoluta do PS escreve que "estranhos tempos são estes em que lembrar o princípio estrutural do Direito moderno, a presunção de inocência, se confunde com a defesa seja de quem for". O socialista chega mesmo a acusar a actual direcção do PS de "injustiça", "juntando-se à direita política na tentativa de criminalizar uma governação".
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Esta quinta-feira o líder do PS tinha admitido que, "a confirmarem-se", os casos de Sócrates e Pinho serão uma "desonra para a democracia". "Se essas ilegalidades se vierem a confirmar, serão certamente uma desonra para a nossa democracia. Mas se não se vierem a confirmar é a demonstração que o nosso sistema de justiça funciona", afirmou António Costa, citado pela Lusa.
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Também o porta-voz do PS, João Galamba, juntou-se às vozes socialistas. "Obviamente que é algo que envergonha qualquer socialista, sobretudo se as matérias de que é acusado se vierem a confirmar", admitiu o deputado, na SIC Notícias.
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Mas também há vozes contra a direção do PS. Esta sexta-feira o fundador do partido, António Campos, disse na TSF que "o Partido Socialista traiu a sua própria origem" e que Sócrates "tem toda a razão em estar revoltado". Também Daniel Adrião, candidato à liderança do PS no próximo congresso, considerou que "a direção nacional do partido foi muito inábil na gestão de todo este caso".
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(Notícia actualizada com mais declarações)
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