Conselho Nacional do CDS-PP discute e vota hoje moção de confiança à direção
O Conselho Nacional do CDS-PP reúne-se hoje por videoconferência para discutir e votar uma moção de confiança à comissão política nacional, apresentada pelo presidente do partido.
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Esta reunião do órgão máximo do partido entre congressos tem início marcado para as 11:00 e deverá juntar cerca de 300 conselheiros nacionais por videoconferência, devido à pandemia da covid-19.
A intervenção inicial do presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, será aberta à comunicação social.
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O Conselho Nacional de Jurisdição do CDS-PP decidiu na sexta-feira que a moção de confiança à Comissão Política Nacional será votada por voto secreto, como defendiam os apoiantes de uma candidatura de Adolfo Mesquita Nunes à liderança.
A distrital de Lisboa do CDS, liderada pelo deputado João Gonçalves Pereira (apoiante de Mesquita Nunes), tinha pedido um parecer ao Conselho Nacional de Jurisdição sobre esta matéria.
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Na semana passada, o antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes propôs a realização de um Conselho Nacional para discutir a convocação de um congresso extraordinário (ainda este ano, antes das eleições autárquicas) para escolher a liderança, defendendo que esta direção "não conseguirá" resolver "a crise de sobrevivência" do partido, e dias depois anunciou que será candidato a líder caso seja marcado um congresso antecipado.
Em resposta, Francisco Rodrigues dos Santos, que está a meio do mandato, anunciou que iria submeter ao Conselho Nacional uma moção de confiança à sua direção, com o objetivo de "confirmar a legitimidade política" da sua liderança.
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Há um ano, no congresso em que foi eleito, a lista de Rodrigues dos Santos ao Conselho Nacional obteve 51,9% dos votos.
Mesmo que a moção de confiança seja aprovada, esta questão pode não ficar por aqui. De acordo com os estatutos do CDS-PP, o Conselho Nacional pode reunir-se extraordinariamente a pedido de um quinto dos seus membros e os críticos podem juntar também "pelo menos por 10% dos militantes ativos" e requerer diretamente a realização da reunião magna do partido.
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Adolfo Mesquita Nunes tentou incluir na ordem de trabalhos da reunião de hoje a discussão de "um congresso extraordinário eletivo", mas a proposta foi rejeitada pelo presidente do Conselho Nacional.
Na última semana, demitiram-se da direção vários membros do grupo Juntos pelo Futuro (ala cuja moção teve 14,45% dos votos em congresso e fez um acordo com Rodrigues dos Santos), entre os quais o vice-presidente Filipe Lobo d'Ávila e dois vogais da comissão executiva, órgão mais restrito.
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