Elevador da Glória: Marcelo diz que Moedas "é politicamente responsável"
O Presidente da República afirmou este domingo que o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, tem responsabilidade política pelo que aconteceu na quarta-feira passada, no acidente com o Elevador da Glória que causou 16 mortos.
"Estar a debater a responsabilidade política e dizer que isso implica demissão quando se está a um mês de eleição é não perceber que o juízo sobre a responsabilidade política em cargos eletivos é dos eleitores."
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"Quem está à frente de uma instituição pública responde politicamente pelo que aconteça nessa instituição, mesmo que sem culpa nenhuma", frisou Marcelo Rebelo de Sousa após cerimónias fúnebres das vítimas de nacionalidade portuguesa, onde marcou presença. A questão, adiantou o Chefe de Estado, "é saber como se efetiva a responsabilidade".
"A resposta no caso de um político ser nomeado é perante o quem o nomeia. A responsabilidade num cargo eletivo é perante os eleitores", destacou Marcelo.
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"Acontece que se está a um mês da oportunidade de os eleitores se manifestarem, olhando para os mandatos e para a posição tomada em situações mais graves", continuou o Presidente da República, e lembrando também que "temos casos de quem viu [o eleitorado], apesar do que aconteceu, em circunstâncias mais graves, manter a confiança, e casos em, que tendo acontecido esses eventos, não serem reconduzidos".
Marcelo deu o seu próprio exemplo, explicando: "Eu sou politicamente responsável, por isso é que escrevi aos chefes de Estado estrangeiros em nome do Estado português". Elogiou também a posição do presidente da Carris, por ter colocado o lugar à disposição de Moedas, que não terá aceitado a demissão.
Após a insistência dos jornalistas, o Chefe de Estado voltou a repetir que "não vale a pena discutir responsabilidade política porque essa há, muito menos demissão a esta distância de eleições".
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O cabo que unia as duas cabinas do elevador da Glória "cedeu no seu ponto de fixação" da carruagem que descarrilou, revelou no sábado o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
"Do estudo feito aos destroços no local, foi de imediato constatado que o cabo que unia as duas cabinas cedeu no seu ponto de fixação dentro do trambolho [peça de encaixe] superior da cabina n.º 1 (aquela que iniciou a viagem no cimo da Calçada da Glória)", refere a nota informativa (NI) deste organismo.
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