Família: Vida de Mário Soares não será prolongada artificialmente

Em declarações à imprensa esta manhã, o sobrinho Eduardo Barroso garantiu que a equipa médica está a fazer "tudo o que é correcto". "Não vai haver a loucura de andar a tentar prolongar a vida," garantiu.
Paulo Zacarias Gomes 30 de Dezembro de 2016 às 11:29

O sobrinho do antigo Chefe de Estado diz que "a decisão está tomada" em relação à saúde de Mário Soares e que, se surgirem complicações, não haverá lugar a suporte artificial de vida.

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"Não se vai fazer diálise, não se vai ventilar, não se vai fazer nada", afirmou esta sexta-feira, 30 de Dezembro, o médico Eduardo Barroso.

Em declarações aos jornalistas transmitidas esta manhã pela RTP 3, Barroso garantiu que a equipa médica está a fazer "tudo o que é correcto". "Não vai haver a loucura de andar a tentar prolongar a vida," acrescentou.

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Nos "briefings" que têm sido feitos pelo porta-voz do hospital da Cruz Vermelha, José Barata, tem sido garantido que o ex-Chefe de Estado respira autonomamente e que as funções vitais não estão a ser externamente auxiliadas. Esta sexta-feira, essa informação foi novamente transmitida. 

Mário Soares está em coma profundo e o seu estado de saúde tem conhecido, nos últimos dias, um "progressivo agravamento". Apesar disso, José Barata, porta-voz do hospital, adiantou que "os sinais vitais pelo menos estão numa situação normal". "Permite dizer que situação hoje está estabilizada e que relativamente melhor que ontem", declarou, acrescentando que o prognóstico permanece "reservado" com o ex-Presidente em "coma profundo".

Na declaração à imprensa prestada ontem, citado pela Lusa, o porta-voz do hospital referia que "há um sinal de degradação das funções orgânicas" e que "o estado se mantém muito crítico e o prognóstico reservado", mas ressalvou que não se verificou "qualquer falência ao nível de qualquer órgão vital". 

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Mário Soares deu entrada no Hospital da Cruz Vermelha em estado crítico no passado dia 13 de Dezembro. Na quinta-feira passada, depois de registadas melhorias, foi transferido para a "unidade de internamento em regime reservado" daquele hospital, segundo a Lusa.

Contudo, dois dias depois, a sua situação clínica agravou-se subitamente e o fundador do PS, com 92 anos, voltou à unidade de cuidados intensivos.

Mário Soares, fundador do Partido Socialista, foi Chefe de Estado entre 1986 e 1996, além de ter desempenhado os cargos de primeiro-ministro e eurodeputado. 

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Inicialmente não estava previsto que houvesse qualquer comunicação esta sexta-feira, mas acabou por acontecer ao meio-dia. Pelas 12:00 de sábado, dia 31 de Dezembro, será prestado pelo hospital um novo boletim clínico.

(Notícia actualizada às 12:06 com informações dadas pelo boletim clínico)

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