Mário Soares: PS é a esperança num país menos desigual

O antigo Presidente da República Mário Soares elogiou este domingo os líderes partidários pós-25 de Abril, Sá Caneiro (PPD), Álvaro Cunhal (PCP) e Freitas do Amaral (CDS), defendendo que o PS representa a esperança num país mais igual.
mário soares
Lusa 19 de Abril de 2015 às 17:59

Mário Soares subiu à tribuna de oradores do comício do 42º aniversário do PS, no pavilhão Rosa Mota, no Porto, com simpatizantes e militantes socialistas a gritarem o 'slogan' das suas campanhas presidenciais em 1986 e 1991, "Soares é fixe".

PUB

 

O antigo chefe de Estado e fundador do PS retorquiu: "Soares é fixe e tem 90 anos. Temos à nossa frente o secretário-geral [António Costa], que merece ser saudado".

PUB

 

Num discurso com cerca de 10 minutos, o fundador do PS referiu-se ao período da fundação do partido, não esquecendo o apoio que foi dado pelos sociais-democratas alemães (SPD) então liderados por Willy Brandt, à revolução de Abril de 1974 e aos primeiros anos da democracia, elogiando Francisco Sá Carneiro, Álvaro Cunhal e Freitas do Amaral.

 

PUB

No pavilhão Rosa Mota, Soares fez um breve balanço sobre os 41 anos de democracia, ponto em que criticou "a infâmia" da destruição do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

 

Soares terminou com uma mensagem em defesa do partido que fundou: "O PS é a esperança num mundo melhor, num mundo menos desigual. Viva a liberdade, viva a social-democracia, viva o socialismo, viva Portugal e o nosso líder aqui presidente", afirmou, referindo-se a António Costa, embora sem dizer o seu nome.

PUB

 

No primeiro discurso do comício, o líder da Federação do PS do Porto, José Luís Carneiro, fez um rasgado elogio político aos antigos presidentes da República Mário Soares e Jorge Sampaio.

 

PUB

José Luís Carneiro defendeu que foi o PS, com Mário Soares nas funções de primeiro-ministro, que permitiu a Portugal aderir à Comunidade Económica Europeia, "consolidando a democracia portuguesa e promovendo a devolução integral do poder à sociedade civil".

"Lembro também que Jorge Sampaio, como Presidente da República, foi à minha terra, Baião, e fez com que duas crianças pobres passassem a poder ir à escola", referiu.

 

PUB

Depois, o secretário-geral da JS, João Torres, lamentou que hoje seja difícil fazer política e acreditar na política.

 

"Cometemos muitos erros na nossa história, mas só com o PS foi possível consolidar a democracia em Portugal. Para nós, a liberdade é o primeiro dos valores. Para nós, todas e quaisquer discriminações merecem uma guerra sem quartel", disse João Torres, num discurso em que também lembrou a acção política de José Mariano Gago, que faleceu na sexta-feira, enquanto ministro com as pastas da Ciência e Ensino Superior nos governos de António Guterres e de José Sócrates.

PUB
Pub
Pub
Pub