Passos admite bloco central. Costa responde "ou nós ou eles"
Pedro Passos Coelho diz que o PSD vai lutar pela maioria absoluta nas próximas legislativas, mas não fecha portas a uma coligação com o CDS-PP, nem a um Governo de bloco central com António Costa.
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A revelação consta de uma entrevista ao Expresso, na qual o actual primeiro-ministro revela "que as maiorias absolutas não são um objectivo em si, mas a estabilidade é um instrumento muito importante para garantir progressos, quer na área económica, quer na área social".
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Questionado pelo Expresso sobre se quer continuar a governar com Paulo Portas, líder do CDS-PP, o primeiro-ministro garantiu que quer continuar a "governar mais quatro anos".
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Apesar de não responder diretamente à questão, Pedro Passos Coelho admite uma coligação futura com o CDS-PP e até um Governo de bloco central com António Costa.
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"Quem determina as condições de governabilidade são os eleitores. Eu não fecho porta nenhuma, mas não vou fazer cenarizações", salientou, considerando que o "natural" é que o PSD e o CDS-PP "possam no futuro renovar o Governo".
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Em relação ao PS, Pedro Passos Coelho avisa que votar nos socialistas é regressar às políticas do passado na "medida em que as soluções que têm vindo a ser apontadas são semelhantes às
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do passado".
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País "não espera nem precisa" de um bloco central
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A resposta de António Costa não demorou muito. O secretário-geral do PS disse hoje, em Santarém, que o país "não está à espera nem precisa de um bloco central" e que o Partido Socialista constitui uma alternativa às políticas do actual Governo.
"O país precisa de uma mudança e essa mudança é a alternativa a construir pelo PS", afirmou António Costa, frisando que o encontro de hoje se insere no "primeiro capítulo" da agenda do partido para a década, "centrado na valorização do território".
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Costa sublinhou o facto de, "finalmente", o primeiro-ministro ter "clarificado" que "sente a necessidade de fazer uma coligação com CDS para tentar enfrentar o PS".
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"Hoje as coisas ficam muito mais claras: ou nós ou eles, é esta a opção. Isso corresponde àquilo que o país sente que é necessário e que o PS afirmou claramente no seu congresso", afirmou.
O líder socialista afirmou que a entrevista de Passos Coelho é um "péssimo sinal de resignação perante os graves problemas de pobreza e desemprego" que o país vive.
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