Pedro Nuno alerta que há votos que não podem ser perdidos. Montenegro lamenta adversários "zangados"
O secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, apelou esta quarta-feira a uma concentração da votação para as legislativas no PS, alertando que há votos que não podem ser perdidos nem dispersados em círculos eleitorais como em Évora, onde discursava.
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"Que ninguém disperse o voto. Está ao nosso alcance derrotarmos a AD, mas para nós derrotarmos a AD, temos de ter todos a consciência de que em vários sítios eleitorais do país há votos que não podem ser perdidos", afirmou o líder do PS, que fez um comício ao final da tarde em Évora, a uma curta distância de uma iniciativa de campanha similar da AD, com a presença do primeiro-ministro, Luis Montenegro.
Já o presidente do PSD considerou que só a AD apresenta uma candidatura de esperança, segurança e estabilidade para os portugueses e criticou os seus adversários que só falam mal e aparecem "todos os dias zangados".
Luís Montenegro falava também em Évora, num comício antecedido por uma ação de rua na zona histórica da cidade, num discurso em que, tal como aconteceu na segunda-feira, voltou a fazer uma alusão ao seu objetivo de continuar a exercer as funções de primeiro-ministro por duas legislaturas, oito anos.
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O líder da IL, um potencial parceiro de governo da AD, garantiu que, com o seu partido, se irá "finalmente reverter" as "más decisões da esquerda", prometendo "privatizar mesmo" a TAP, sem "mais atrasos", e recuperar a parceria público-privada do Hospital de Braga.
"Quero-vos dizer que o único voto verdadeiramente reformista, que assegura que essas más decisões da esquerda são finalmente verdadeiramente revertidas e que trilhamos o caminho do crescimento económico em Portugal (...) é mesmo o voto na IL", afirmou Rui Rocha num jantar comício em Braga.
Por seu turno, o presidente do Chega fez um apelo direto ao voto e pediu aos eleitores que não fiquem em casa no dia 18 de maio, afirmando que o partido tem "uma oportunidade histórica" de vencer as eleições legislativas.
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"Temos uma oportunidade histórica à nossa sempre. Se falharmos ou se ganharmos, não vai depender de mais ninguém senão de nós próprios. O que eu vos quero pedir, o que eu vos quero exortar é: acreditem, não desistam, vão votar e levem todos a votar. Nós vamos vencer no dia 18 de maio", afirmou André Ventura.
O secretário-geral do PCP afirmou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, levou hoje um "banho de realidade" ao ser confrontado por reformados, considerando que a realidade impõe-se "por maior que seja a propaganda".
Num comício em Vila Nova de Gaia, Raimundo referia-se às queixas que o presidente do PSD ouviu, numa ação de campanha em Setúbal, de reformados que confrontaram o primeiro-ministro com reformas baixas ou cortes feitos no tempo da 'troika'.
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Também à esquerda, a coordenadora do BE considerou que a sua área política está "cheia de energia" para as legislativas de dia 18, apesar das dificuldades, e lembrou que já derrotou a extrema-direita no passado, deixando-a no "balde do lixo da História".
Em declarações aos jornalistas à margem de uma iniciativa na Marinha Grande, distrito de Leiria, com trabalhadores por turnos da indústria vidreira, Mariana Mortágua reconheceu que a esquerda "não está na sua máxima força" e "tem dificuldade em contrariar um conjunto de mitos, falsidades e aproveitamentos da extrema-direita", que "vai cavalgando desigualdades".
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, lembrou, em Braga, que votar é um processo simples e fácil que dá um "grande resultado" por permitir melhorar o país, alertando para o discurso anti-eleições.
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"Devemos continuar sempre a fazer uma pedagogia de que o voto é simples, de que o voto é fácil, de que não nos dá tanto trabalho quanto isso sair de casa e ir à secção de voto, fazer uma cruz num papelinho, ou não fazer se não quiserem fazer, dobrar em quatro e pôr na urna", referiu Rui Tavares, depois de ter sido abordado por um membro do Movimento Contra a Indiferença, criado em 2021 para combater combater a abstenção.
Com uma proposta mais específica, a porta-voz do PAN defendeu hoje um alargamento da proibição dos voos noturnos em Lisboa e criticou a Vinci por não implementar medidas de mitigação do ruído, sublinhando que o Estado está a suportar custos que cabem à concessionária.
Em declarações aos jornalistas no âmbito de um encontro com a plataforma cívica "Aeroporto fora, Lisboa melhora", na zona do Campo Grande, em Lisboa, Inês de Sousa Real argumentou que é "fundamental promover na próxima legislatura medidas que melhorem a qualidade de vida das populações que são afetadas pelos voos do aeroporto Humberto Delgado".
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