Se fosse grego, como votaria? "Não", diz dirigente do PS

O repto foi lançado pelo jornal i a um conjunto de personalidades nacionais. Sérgio Sousa Pinto, membro da direcção do PS, diz que votaria "não". Nas respostas há quem o acompanhe na sua posição, quem não tenha dúvidas de que o "sim" é o melhor caminho, e algumas hesitações.
Grécia manifestações Atenas
Reuters
02 de Julho de 2015 às 09:47

Se fosse grego e pudesse votar no próximo domingo, Sérgio Sousa Pinto, actual dirigente do PS, não tem dúvidas que chumbaria o programa de austeridade apresentado pelos credores. Trata-se de uma posição mais peremptória do que aquela que tem sido assumida oficialmente pelo PS, mas que, para o dirigente é a única que nos pode tirar de um "ciclo perverso sem saída".

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Em entrevista ao jornal i, Sérgio Sousa Pinto considera que a situação é complexa, e diz que o Syriza não é o parceiro mais fácil para se ter numa negociação, mas admite que as suas propostas são realistas.

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"A verdade é que as propostas que [Tsipras] tem levado à mesa das negociações podiam ter sido apresentadas por um governo social-democrata ou democrata-cristão. É por isso que são subscritas por economistas do mundo inteiro que não são propriamente militantes do esquerdismo radical nem do trostskismo. São propostas realistas, economicamente realistas", diz Sérgio Sousa Pinto.

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A posição do dirigente do PS é subscrita por outras personalidades ouvidas pelo jornal i, como o economista Ricardo Paes Mamede, a vocalista Ana Bacalhau, o arquitecto Manuel Graça Dias, o professor Paulo Guinote, o cantor Vítor Espadinha, o economista e antigo deputado do PCP Octávio Teixeira e pelo ex-deputado do Bloco de Esquerda José Gusmão.

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No campo oposto, a favor do programa de austeridade proposto pelos credores, estão Álvaro Beleza, um dos braços direitos de António José Seguro, o juiz Rui Rangel, Teresa Caeiro e Inês Teotónio Pereira, ambas deputadas do CDS,  e Duarte Marques, deputado do PSD.

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Indecisos ou sem resposta peremptória estão figuras como Júlio Isidro, Simone de Oliveira e o humorista Nilton, a relatora da ONU Catarina Albuquerque, José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, Francisco George, director-geral da Saúde, o pediatra Mário Cordeiro e a designer de joalharia Maria João Bahia. 

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