Se fosse grego, como votaria? "Não", diz dirigente do PS
Se fosse grego e pudesse votar no próximo domingo, Sérgio Sousa Pinto, actual dirigente do PS, não tem dúvidas que chumbaria o programa de austeridade apresentado pelos credores. Trata-se de uma posição mais peremptória do que aquela que tem sido assumida oficialmente pelo PS, mas que, para o dirigente é a única que nos pode tirar de um "ciclo perverso sem saída".
PUB
Em entrevista ao jornal i, Sérgio Sousa Pinto considera que a situação é complexa, e diz que o Syriza não é o parceiro mais fácil para se ter numa negociação, mas admite que as suas propostas são realistas.
PUB
"A verdade é que as propostas que [Tsipras] tem levado à mesa das negociações podiam ter sido apresentadas por um governo social-democrata ou democrata-cristão. É por isso que são subscritas por economistas do mundo inteiro que não são propriamente militantes do esquerdismo radical nem do trostskismo. São propostas realistas, economicamente realistas", diz Sérgio Sousa Pinto.
PUB
A posição do dirigente do PS é subscrita por outras personalidades ouvidas pelo jornal i, como o economista Ricardo Paes Mamede, a vocalista Ana Bacalhau, o arquitecto Manuel Graça Dias, o professor Paulo Guinote, o cantor Vítor Espadinha, o economista e antigo deputado do PCP Octávio Teixeira e pelo ex-deputado do Bloco de Esquerda José Gusmão.
PUB
No campo oposto, a favor do programa de austeridade proposto pelos credores, estão Álvaro Beleza, um dos braços direitos de António José Seguro, o juiz Rui Rangel, Teresa Caeiro e Inês Teotónio Pereira, ambas deputadas do CDS, e Duarte Marques, deputado do PSD.
PUB
Indecisos ou sem resposta peremptória estão figuras como Júlio Isidro, Simone de Oliveira e o humorista Nilton, a relatora da ONU Catarina Albuquerque, José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, Francisco George, director-geral da Saúde, o pediatra Mário Cordeiro e a designer de joalharia Maria João Bahia.
PUB
Mais lidas
O Negócios recomenda