Seguro desafia Passos a convocar Concertação Social para discutir salário mínimo
"O que é que fez mudar o primeiro-ministro? Terá sido a proximidade de eleições? Terá sido o facto de na Alemanha se ter fixado o salário mínimo em 8,5 euros à hora? Terá sido pelo facto de no Partido Socialista, entre outros, termos insistido e reiterado da necessidade do aumento do salário mínimo nacional?", perguntou António José Seguro.
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O secretário-geral do PS, que discursava no encerramento de mais uma convenção "Novo Rumo para Portugal", esta dedicada ao poder local, recordou que "desde há muito tempo" que o PS tem "vindo a defender o aumento do salário mínimo nacional".
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"Trata-se de um aumento de poucos euros por mês, mas que faz toda a diferença na carteira de uma pessoa que recebe pouco mais que 480 euros", declarou, adiantando: "Ainda na sexta-feira insisti para que o primeiro-ministro voltasse a atender a esta proposta do Partido Socialista e se mostrasse disponível para discutir esta matéria no seio da Concertação Social, porque há um consenso na sociedade portuguesa entre os representantes dos trabalhadores -- a UGT e a CGTP -, entre as confederações patronais, entre os partidos políticos da posição".
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Para António José Seguro, "só o primeiro-ministro e o Governo têm estado fora deste consenso".
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A este propósito recordou o debate no Parlamento, a 06 de Março do ano passado, quando lhe dirigiu esta proposta: "Dizia ele que quando o nível de desemprego é elevado a medida mais sensata era exactamente fazer o oposto, isto é, baixar o salário mínimo nacional e que só não o faria porque o valor era reduzido".
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"Eu não sei o que é que o fez mudar [de opinião], o que é certo é que ele mudou", referiu o secretário-geral socialista, avisando: "Mas com este primeiro-ministro, temos de ter cuidado com as palavras dele. Todo o cuidado é pouco".
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Por isso, António José Seguro desafiou Pedro Passos Coelho a que "se deixe de palavras e se finalmente aceitou a proposta do Partido Socialista para aumentar o salário mínimo nacional, então que convoque de imediato a Concertação Social e promova essa discussão de modo a obter um acordo" para provocar o seu aumento.
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O primeiro-ministro disse hoje que o Governo está disponível para fazer concessões na Concertação Social, admitindo levar para cima da mesa a discussão da melhoria do salário mínimo nacional e a revisão das condições da negociação colectiva.
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"Digo hoje perante o país que o Governo está disponível para aprofundar o esforço de concertação (...) de modo a trazer para cima da mesa a discussão da melhoria do salário mínimo nacional e a revisão do que tem a ver com as condições da negociação colectiva", afirmou Pedro Passos Coelho no encerramento do 13.º Congresso Nacional dos Trabalhadores Social Democratas, em Albufeira.
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