Sondagem confirma que pandemia foi boa para o PS

Uma sondagem feita pelo ICS/ISCTE para o Expresso e SIC mostra que, após sete meses de pandemia, o PS duplicou a sua vantagem face ao PSD, confirmando a evolução já traçada pelas sondagens da Intercampus feitas para o Negócios e CM/CMTV.
Mário Cruz/Lusa
Manuel Esteves 03 de Outubro de 2020 às 12:26

Se as eleições fossem hoje, o PS recolheria cerca de 37% dos votos, com uma vantagem de 10 pontos percentuais face ao principal partido da oposição, o PSD, revela uma sondagem feita pelo ICS/ISCTE para o Expresso e SIC

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O Negócios comparou este resultado com o da última sondagem com intenções de voto nas legislativas feita por estas mesmas entidades, em fevereiro, e concluiu que o PS duplicou a vantagem face ao PSD, que era então de cinco pontos. A distância entre os dois partidos aumentou porque o PS acelerou quatro pontos percentuais, ao passo que o PSD cedeu um ponto. Nessa altura, o PS conseguia apenas 33% dos votos, contra 28% do PSD. 

Esta sondagem vem ao encontro do barómetro da Intercampus, feito para o Negócios e CM/CMTV. De fevereiro para , o PS reforçou em seis pontos a sua vantagem face ao PSD: os socialistas passaram 31,1% para 37,4%, enquanto o PSD recuou marginalmente, de 24,3% para 23,8%. 

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A avaliação dos dois líderes partidário mostra também que António Costa se mantém claramente como o líder partidário mais popular, com uma nota de 5,7 (de zero a 10), mais 0,1 do que em fevereiro. No entanto, a este nível Rui Rio conseguiu aproximar-se, passando de uma nota de 4,4 para 4,8.

Em relação aos restantes partidos, os sete meses de pandemia foram sobretudo penosos para a CDU e CDS. Os comunistas recuam dois pontos para 6%, enquanto os centristas caíram de 4% para 2%. Nos restantes partidos, as mudanças são menos pronunciadas. O Bloco de Esquerda escorrega um ponto para 8%, mantendo-se como a terceira força política mais votada, ao passo que o Chega sobe um ponto, para 7%, ficando na quarta posição (ultrapassando a CDU). 

Na avaliação dos líderes, a bloquista Catarina Martins mantém-se com 4,6, mas Jerónimo de Sousa recua de forma significativa, passando de 4,3 para 3,6. André Ventura sobe apenas 0,1 para 3,1. 

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Ao nível destes partidos, as sondagens da Intercampus, feitas para o Negócios e CM/CMTV, mostram uma diferença assinalável que diz respeito à quebra do Bloco. Em fevereiro, este partido recolhia uma percentagem bastante elevada de votos, 13,3% (níveis inéditos), e agora está em 9,9%. Tal como acontece com a sondagem divulgada hoje pelo Expresso, a CDU também recua, mas agora apenas um ponto. O Chega sobe só meio ponto em sete meses.  

O trabalho de campo desta sondagem do ICS/ISCTE, noticiada agora pelo Expresso e SIC, foi realizado entre os dias 14 e 24 de setembro, baseada em 801 entrevistas válidas, com uma taxa de resposta de 32%. A margem de erro máxima associada a esta amostra é de 3,5%, com um nível de confiança de 95%. 

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