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O estado do acordo à esquerda

As conversações entre PS e os restantes partidos da esquerda parlamentar prolongam-se há já quase um mês. Quando se aproxima a data da apresentação do programa do Governo PSD/CDS, não é ainda claro se a esquerda conseguirá apresentar solução governativa.

antónio costa catarina martins
antónio costa catarina martins Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 03 de Novembro de 2015 às 20:45

3 de Novembro

Carlos César (presidente e líder parlamentar do PS): "Não está nenhum acordo fechado. (...) [Sem acordo] vale aquilo que dissemos na noite das eleições."

"Não votaremos nem apresentaremos nenhuma moção de rejeição" se PS, BE, PCP e Os Verdes não garantirem uma alternativa credível e duradoura.

Francisco Assis (eurodeputado do PS): muito importante demonstrar ao país que há no PS quem defenda uma solução distinta daquela que aparentemente está a prevalecer". "Há outro caminho", vincou esta terça-feira, Francisco Assis em declarações ao Público.

Carlos Zorrinho (eurodeputado do PS): "O mais importante é não dramatizar. A minha preocupação é que a identidade do PS não saia beliscada", advertiu Zorrinho em declarações ao Expresso.

Elisa Ferreira (eurodeputada do PS): "Era preferível que o programa fosse do PS e interpretado por gente do PS", afirmou ao Expresso.

João Oliveira (líder parlamentar do PCP): "Tudo faremos para que o governo não entre em funçõesl." 

Pedro Filipe Soares (líder parlamentar do BE):  Negociações com o PS "é um processo em curso".

José Luís Ferreira (deputado d'Os Verdes): "As moções serão aprovadas e discutidas em função da sua entrada. Não fazemos finca-pé nisso. Não andamos aqui a ver quem chega primeiro. Queremos é quebrar este ciclo de políticas que tem empobrecido o país e os portugueses."

José Luís Ferreira (deputado d'Os Verdes): "As moções serão aprovadas e discutidas em função da sua entrada. Não fazemos finca-pé nisso. Não andamos aqui a ver quem chega primeiro. Queremos é quebrar este ciclo de políticas que tem empobrecido o país e os portugueses."

2 de Novembro:

Vera Jardim (dirigente socialista): Num eventual acordo entre os partidos da esquerda "as contas têm de bater certas". "Se me perguntasse se eu prefiro a solução Francisco Assis ou um acordo com que não concorde, sem dúvida nenhuma que preferia a solução Francisco Assis. Mas eu espero para ver o acordo. Tenho esperanças que satisfaça aquilo que eu digo que são, não os mínimos, mas aquilo que eu julgo correcto", disse Jardim à Rádio Renascença.

"Obviamente que não me agrada que uma dirigente de um partido em negociações com o PS venha anunciar medidas, ainda por cima chamando a si os louros das ditas medidas."

Eurico Brilhante Dias (deputado socialista): "O Dr. António Costa não é obrigado a celebrar qualquer acordo", até porque "terá sempre uma alternativa se achar que as condições não são aceitáveis".

1 de Novembro

Catarina Martins (porta-voz do BE): "As grandes balizas do Bloco de Esquerda é que todos os rendimentos têm de ficar descongelados, os das pensões e do trabalho, que haja recuperação de rendimentos (…) O que está a ser trabalhado é que haja um [acordo válido para toda a legislatura]. (…) Tem de haver uma direcção política clara no acordo, além de uma série de outras medidas que são acordadas, e tem de haver um fundo político para o acordo que está a ser negociado, que terá de ser algo em que todos os partidos se revejam", revelou em entrevista ao Diário de Notícias.

"Enquanto esse compromisso for respeitado, o Governo está em funções. (…)Só depois de estarem fechados todos os pontos políticos relevantes é que essa discussão tem sentido. Que garantias é que teria um qualquer ministro para fazer uma coisa importante na sua área se não tiver as condições orçamentais para o fazer, se não tiver as condições de acordo político para o fazer? Nenhumas. Portanto, o que interessa é a garantia política primeiro." 

31 de Outubro

António Filipe (deputado do PCP):  "[O acordo é] naturalmente para uma legislatura. Para poucos dias, é o Governo que tomou posse [na sexta-feira]. Esse é que de certeza é para ser rejeitado no dia 10 de Novembro. É a convicção que temos", asseverou em entrevista concedida ao DN.

A participação do PCP num Executivo liderado pelos socialistas é uma "questão [que], neste momento, não se põe e o que foi dito é que se o PS quiser formar Governo está em condições de o poder fazer". A reposição de salários e pensões "é algo que terá de ser visto em concreto".

 

30 de Outubro

Carlos César (presidente e líder parlamentar do PS): "O Governo hoje [sexta-feira] empossado será brevemente substituído por um Governo de maioria e estável. (...) Se este Governo for derrubado, e tudo indica que sim, será substituído por uma alternativa estável e duradoura."

João Galamba (deputado socialista): "O PS já deixou claro" que vai rejeitar, no Parlamento, o programa do Governo."Queria saudar o discurso do Presidente da República e registar uma redução significativa da crispação que, infelizmente, marcou o discurso anterior". Foi um "discurso cordato e de acordo com as normas democráticas".

 

João Oliveira (líder parlamentar do PCP):  As negociações com o PS prosseguem "de forma séria" e "aprofundada". "Continuamos essa discussão sem instabilidade nenhuma." "Tem-se procurado criar essa ideia [de instabilidade]."

Jerónimo de Sousa (secretário-geral do PCP): O PCP está à procura de "convergência e aproximações em relação a coisas concretas de salários, reformas e de pensões, de devolução daquilo que foi roubado".

"Aquilo que nós consideramos é que não podem ser os salários, as pensões e as reformas (...) usadas como forma de tentar reduzir o défice a mata cavalos, em conformidade com aquilo que está reflectido no tratado orçamental". A renegociação da dívida vai "pôr-se talvez, não por imposição do PCP, mas por imposição da própria realidade".

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