Pedro Nuno Santos convoca eleições e não se recandidata à liderança do PS
Pedro Nuno Santos vai deixar a liderança do PS, após a derrota eleitoral nas legislativas deste domingo. "Assumo as minhas responsabilidades, como sempre fiz", disse o secretário-geral a partir da sede de campanha do partido. Anunciou que vai pedir ao presidente do partido para convocar eleições diretas e não se irá recandidatar ao cargo de secretário-geral. A saída tem efeitos assim que possível. "Não quero ser um estorvo ao partido" nas decisões governativas que terá de tomar, sendo que a data do congresso será agora decidida pela Comissão Nacional do PS.
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O grupo parlamentar do PS caiu para 58 deputados, após o partido ter conseguido apenas 23,4% dos votos e de não ser ainda certo se não passa para terceira força política, atrás do Chega. O socialista assumiu-se como derrotado da noite e já ligou ao líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, a felicitá-lo pela vitória.
Contudo, o líder do PS garante: "A mim não me cabe ser o suporte deste Governo e penso que esse papel não deve caber ao Partido Socialista." E deu três razões para isso: considerar que Luís Montenegro não tem a idoneidade necessária para o cargo de primeiro-ministro, este liderar um Governo "que falhou" e também a AD ter apresentado um programa que "vai contra os valores do PS".
"São tempos duros e díficeis para a esquerda. São tempos duros e díficeis para o Partido Socialista e por isso valorizo ainda mais cada voto que conseguimos ter. Foi uma campanha alegre e entusiasmada. Nós não provocámos esta eleições, mas queríamos vencê-las. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, mas não conseguimos vencer. O povo português falou com clareza e nós respeitamos", afirmou.
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Alertou ainda que a extrema-direita está "mais violenta", o que se "viu" na campanha, segundo Pedro Nuno Santos. Defendeu ainda que a alternativa à AD "não pode ser o Chega".
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