Montenegro quer antecipar meta de 2% em Defesa para este ano
O primeiro-ministro pretende chegar à meta de investimento de 2% do PIB em defesa já neste ano, antecipando em quatro anos o plano inicial e que tal não será feito à custa de cortes nos apoios sociais ou desequilíbrios das contas públicas.
"Apresentarei, na próxima Cimeira da Nato, a antecipação do objetivo de alcançarmos 2% do nosso PIB nos encargos desta área, se possível já no ano de 2025", indicou no discurso de tomada de posse do Governo esta quinta-feira, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.
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Trata-se de um plano que vamos ultimar nos próximos dias, que se desenvolverá nos próximos anos e de que darei conhecimento prévio aos dois maiores partidos da oposição", indicou, garantindo que é "um plano realista que não porá em causa as funções sociais e o equilíbrio orçamental."
Para Luís Montenegro, o investimento em Defesa através da "promoção da investigação e da inovação tecnológica, das indústrias de defesa nacional e de todas as indústrias e atividades conexas" vão também ajudar a "estimular o crescimento da economia."
A intenção do primeiro-ministro é conhecida no mesmo dia em que o secretário-geral da NATO propôs, oficialmente, que os líderes da organização concordem, na cimeira deste mês, em Haia, aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB, para cobrir os custos das capacidades militares da organização.
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“Vou propor um plano de investimento global que totalizará 5% do PIB [produto interno bruto] em investimento na defesa: 3,5% do PIB para gastos puros com Defesa com base nos custos globais para atingir os novos objetivos de capacidade que os ministros acabaram de acordar e 1,5% do PIB anual em investimentos relacionados com a defesa e a segurança, como infraestruturas e indústria”, disse Mark Rutte, numa conferência de imprensa após uma reunião dos ministros da Defesa da Aliança Atlântica.
A cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) vai decorrer a 24 e 25 deste mês em Haia.
No âmbito da União Europeia, o primeiro-ministro comprometeu-se com o "aprofundamento da coesão e da ação concertada com os nossos parceiros, desde logo, no comércio externo e na segurança, aqui com especial destaque para o nosso apoio sólido à Ucrânia."
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Ainda para a UE, prometeu também estender o "combate ao excesso de burocracia e regulamentação, que limita a inovação e o dinamismo das nossas economias e prejudica a competitividade das nossas empresas e dos nossos empreendedores."
Notícia atualizada às 19:30
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