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Demissão em bloco de 25 médicos no Hospital Garcia de Orta em Almada

Protesto dos médicos resulta da decisão do Conselho de Administração de retirar a Cirurgia Geral do Serviço de Urgência.

Hospital Garcia de Orta
Hospital Garcia de Orta Pedro Catarino
12 de Setembro de 2019 às 21:47

Vinte e cinco médicos, dos quais dez chefes de equipa de Urgência do Hospital Garcia de Orta, em Almada, e 15 internistas que exercem funções no Serviço de Urgência, demitiram-se em bloco, em carta enviada ao Conselho de Administração, divulgou a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

O protesto dos médicos do Hospital Garcia de Orta resulta da decisão do Conselho de Administração de retirar a Cirurgia Geral do Serviço de Urgência, refere João Araújo Correia, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. O dirigente entende que "é evidente que a decisão levará a um esgotamento ainda maior dos internistas na Urgência, para além de pôr em perigo os doentes do foro cirúrgico, que ficam dispersos numa amálgama de doentes ainda maior".

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna espera que o Conselho de Administração reveja rapidamente a decisão tomada.

Leia o comunicado enviado às redações na íntegra

"Hoje [esta quinta-feira], 12 de setembro de 2019, demitiram-se 10 Chefes de Equipa de Urgência do Hospital Garcia de Orta e outros tantos [15, confirmados ao CM] Internistas que exercem funções no Serviço de Urgência demitiram-se em bloco, em carta enviada ao Conselho de Administração.

Esta atitude da Medicina Interna no Hospital Garcia de Orta deve merecer uma atenção especial, porque no Hospital Garcia de Orta a Medicina Interna tem dado provas de enorme capacidade de trabalho e iniciativa, sendo considerada como exemplo no caso da Hospitalização Domiciliária. Este protesto dos Internistas do Hospital Garcia de Orta deve-se à decisão do Conselho de Administração de retirar a Cirurgia Geral da presença física no Serviço de Urgência. É evidente que isso levará a um esgotamento ainda maior dos Internistas na Urgência, para além de pôr em perigo os doentes do foro cirúrgico, que ficam dispersos numa amálgama de doentes ainda maior!

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna expressa aqui toda a sua solidariedade aos Internistas do Hospital Garcia de Orta, esperando que o Conselho de Administração reveja rapidamente a decisão tomada, porque estão em causa o desrespeito pelos especialistas de Medicina Interna e, mais do que tudo, a assistência médica segura a que todos temos direito.

João Araújo Correia

Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna".

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