INE revê em alta valores que ditam corte nas pensões e idade da reforma
Geralmente, ano após ano, em maio, o INE publica dados que confirmam os valores provisórios que em novembro ditam o fator de sustentabilidade, ou seja, o corte que está a ser aplicado a pensões antecipadas atribuídas desde janeiro. Desta vez, porém, por causa da revisão da população que resulta dos Censos, os dados não se confirmam.
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Assim, de acordo com os dados hoje publicados o fator de sustentabilidade é de de 15,2%, em vez dos 13,8% que resultavam da estimativa provisória divulgada em novembro. Praticamente todos os dados sobre a esperança de vida da última década foram alterados, revistos em alta.
É também a partir destes dados que se determina a idade da reforma, que segundo cálculos do Negócios com base nos novos dados do INE sobe para os 66 anos e 6 meses neste e no próximo ano, em vez dos anunciados 66 anos e quatro meses.
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Nos termos da lei, o Governo tem de aplicar estes dados no cálculo do fator de sustentabilidade e da idade da reforma.
O Negócios está a questionar o Ministério do Trabalho (MTSSS) desde ontem sobre a possibilidade de revisão desta série, perguntando se o Governo vai rever o valor das pensões já atribuídas, e ainda não obteve resposta sobre o que o Executivo pretende fazer.
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Colocam-se questões sobre o fator de sustentabilidade e a idade da reforma deste, dos últimos, e dos próximos anos, bem como sobre a regras que se vão aplicar para as pessoas que se queiram reformar nos próximos meses. A questão afeta tanto a Segurança Social como a Caixa Geral de Aposentações.
O Governo já publicou uma portaria a definir a idade da reforma para 2024 (66 anos e 4 meses) e o fator de sustentabilidade deste ano (13,8%). Só que a portaria baseia-se num decreto-lei que manda aplicar o valor "publicado" pelo INE, que só agora é definitivo.
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Notícia atualizada com mais informação às 13:33
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