Capoulas Santos pede "severidade" para trabalho escravo na agricultura

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, classificou de "repugnante" a existência de trabalho escravo na agricultura portuguesa e disse esperar que as autoridades competentes "actuem com toda a severidade".
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Miguel Baltazar
Lusa 18 de Janeiro de 2017 às 22:36

"Quando o crime atinge os seres humanos naquilo que é a sua essência, como parece ser o caso, naturalmente é algo que nos repugna e espero que as autoridades competentes actuem com toda a severidade porque não é aceitável que seres humanos utilizem outros seres humanos apenas para obter lucros. Isso é completamente repugnante", afirmou o ministro.

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Capoulas Santos, que falava à margem da apresentação do livro "O Vinho no Tempo da Guerra", reagiu desta forma a notícias hoje divulgadas sobre a existência de trabalho escravo em explorações agrícolas no Alentejo.

 

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O presidente da Câmara Municipal da Vidigueira contou hoje terem sido detectados 80 imigrantes sazonais, que trabalham em explorações agrícolas nos concelhos de Moura e Ferreira do Alentejo, a viverem numa oficina, em Pedrogão do Alentejo, no concelho de Vidigueira, com uma única casa de banho, sem privacidade, a dormirem em camas constituídas por pequenos colchões por cima de paletes e à frente das quais tinham fogões para cozinharem.

 

"Vi hoje algumas notícias que me entristeceram profundamente", afirmou Capoulas Santos que disse esperar "que as autoridades a quem compete fiscalizar actuem, detectem e submetam às entidades judiciais aqueles que se vier a comprovar que foram responsáveis por actividades criminosas".

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