Pescadores concentram apanha da sardinha antes dos Santos Populares
Os pescadores vão voltar a apanhar sardinha a partir do 3 de junho com o objetivo de concentrar a oferta nos meses de maior procura. A proibição relativa a esta espécie, que vigora desde setembro, vai terminar esta quarta-feira, 15 de maio.
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"Não vai faltar sardinha nos Santos Populares", assegurou ao CM o presidente da Associação das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP), Humberto Jorge, que na semana passada esteve em Bruxelas a reclamar o aumento da captura autorizada nesta espécie.
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Para já, a quota nacional para este ano está fixada em 7.182 toneladas, o equivalente a 67% do montante ibérico acordado por Portugal e Espanha junto da Comissão Europeia. Este valor ainda pode ser revisto, mas a apanha adicional seria concentrada a partir de setembro, já depois do pico da procura durante o verão.
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Durante uma audição no Parlamento, a 17 de abril, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, salientou que Portugal "está no bom sentido para produzir sardinha em cativeiro". A responsável frisou que "já foi desenvolvido o genoma da sardinha por um centro de investigação da Universidade do Porto" e "os estudos que estão a ser levados a cabo pelo centro do IPMA no Algarve também já têm grandes evoluções relativamente a alimentação e crescimento".
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Os baixos salários, as restrições à captura e a concorrência da náutica de recreio estão a fazer baixar o número de pescadores em Portugal. De acordo com dados divulgados no primeiro trimestre pela Pordata, existem 17.642 pescadores no país, um número que tem vindo a diminuir desde o início deste século em todas as regiões. O destaque vai para o Algarve, que perdeu mais de metade destes profissionais entre 2001 e 2017.
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