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Fertilizantes adubam ganhos da Rússia

Receitas dispararam 70% face às obtidas em 2021.

15 de Janeiro de 2023 às 14:36

Em 2022, a Rússia exportou menos fertilizantes mas as receitas obtidas com a venda de nutrientes agrícolas disparam 70% face a 2021, situando-se nos 16,7 mil milhões de dólares (15,4 mil milhões de euros). Estes dados referem-se aos 10 primeiros meses de 2022, foram fornecidos pela ONU e divulgados pelo Financial Times.

A subida exponencial do preço dos fertilizantes aconteceu na sequência da invasão da Ucrânia, uma ação desencadeada pela Rússia na madrugada de 24 de fevereiro do ano transato.

As exportações russas de alimentos e fertilizantes não estão abrangidas pelas sanções ocidentais de forma a apoiar a segurança alimentar, especialmente nos países mais pobres. Desde que a guerra teve início, a Rússia tem aumentado as suas exportações para países como Índia, Turquia e Vietname.

Por isso mesmo, diz o FT, existe uma preocupação comum entre Moscovo e a União Europeia (UE), a de alguns compradores e os seus bancos e seguradoras, estarem a praticar uma espécie de auto sancionamento, evitando comprar russos.

Para evitar equívocos, escreve o jornal inglês "a UE esclareceu no mês passado a isenção de sanções para a agricultura russa e as exportações de fertilizantes após reclamações entre os estados membros da UE de que as remessas às vezes eram retidas devido a preocupações com o possível envolvimento de empresas ou indivíduos russos sancionados".

Todavia, o crescimento dos ganhos russos com fertilizantes pode estar a chegar ao fim pela combinação de dois fatores, a queda do preço do gás e o clima mais quente que o normal para esta época do no, os quais contribuem para um aumento da produção de fertilizantes, e, por esta via, a uma redução do seu valor comercial.

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