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Trilho Saloio vende 180 hectares de olival a fundo canadiano para se concentrar nas nozes

A empresa de João Sanches deixou o olival localizado em Alcanhões, concelho de Santarém, nas mãos da gigante Aggraria, detida pelo fundo de pensões canadiano Ontario Teachers' Pension Plan, para “dedicar toda a atenção” à Go Nuts.

olival terreno agricultura
olival terreno agricultura Miguel Baltazar
12 de Maio de 2025 às 14:46

O setor agrícola nacional continua a despertar o interesse dos investidores nacionais e internacionais, com a consultora imobiliária CBRE a calcular que o investimento total em terras ibéricas tenha atingido os 4,1 mil milhões de euros entre 2022 e 2024, dos quais cerca de um terço em Portugal, sobretudo na zona do Alqueva.

Ora, a Aggraria, que se apresenta como uma das maiores empresas de olival do mundo, acaba de adquirir à portuguesa Trilho Saloio mais 180 hectares de olival, localizado em Alcanhões, concelho de Santarém.

"Este investimento faz parte de um caminho de crescimento natural da empresa e é o primeiro investimento numa região com muita tradição na produção de azeite. Continuamos focados em crescer no olival, onde atualmente temos cerca de 7.000 hectares de área sob gestão", afirma Rita Barosa, CEO da Aggraria, que é detida pelo fundo de pensões canadiano Ontario Teachers' Pension Plan - acionista de referência da Logoplaste -, em comunicado da CBRE, que assessorou a operação.

Esta transação, sobre a qual não foram revelados valores, marca "uma redefinição estratégica" da Trilho Saloio, empresa que agora, garante, "focará 100% da sua atenção na produção de nozes de qualidade na região centro do país".

Trata-se de "um momento determinante para a nossa empresa, pois permite-nos dedicar toda a atenção à nossa atividade principal de produção e transformação de nozes para abastecer o mercado ibérico", enfatiza João Sanches, CEO da Trilho Saloio, uma das sócias da Go Nuts - Sociedade Agrícola, empresa esta que se dedica ao processamento de lavagem, secagem, calibragem e embalagem de nozes.

Para Sanches, "o setor está em franca recuperação com a subida gradual dos preços e o aumento do consumo. É uma oportunidade única para colocar esta região de excelência na mira dos principais compradores e consumidores europeus deste fruto seco", sinaliza.

Já para Manuel Albuquerque, head of agribusiness para o Sul da Europa da CBRE, esta transação "é um passo importante para a região e a confirmação de que Portugal não se limita apenas ao Alentejo e ao Alqueva, que apesar de ser o principal ‘hub’ agrícola nacional, é já um destino muito concorrido para este tipo de investidores. O investimento institucional tem-se diversificado tanto em culturas como em regiões, e Portugal continua a ser um mercado muito atrativo", afiança.

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