Américo Amorim pretende investir 3,5 mil milhões de dólares no Brasil até 2016

Do investimento total de 5 mil milhões de dólares previsto para os próximos quatro anos, 65% terá o Brasil como destino. O resto será aplicado em Angola e Moçambique. Petróleo, banca e imobiliário são as apostas.
Paulo Duarte/Negócios
16 de Setembro de 2013 às 11:55

Américo Amorim vai apostar forte no Brasil, destinando para este país 65% do investimento projectado para os próximos quatro anos.

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Em entrevista ao jornal brasileiro “Valor Econômico”, o empresário português adianta que dos 5 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) de investimento previsto até 2016, 3,5 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros) serão aplicados no Brasil.

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O valor restante terá Angola e Moçambique como destino. "Estamos crescendo sempre, e a globalização abre novas possibilidades de desenvolvimento", diz Américo Amorim, reforçando que “neste momento estamos muito positivos sobre o Brasil, Angola e Moçambique".

 

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O empresário, considerado o homem mais rico de Portugal pela revista Forbes, destaca que há muito tempo que reduziu a dependência do mercado português, estimando que 70% dos activos do grupo estejam no estrangeiro.

 

A maior fatia do investimento no Brasil será aplicado no negócio petrolífero e efectuado via Galp Energia, empresa onde Américo Amorim é o maior accionista. "A Galp tem no Brasil a sua maior reserva de matérias-primas. Foi abençoada pelo Cristo do Corcovado", refere Américo Amorim, estimando que neste país o objectivo é produzir 300 mil barris diários de petróleo em 2020, sendo que actualmente a produção é de 10% a 15% deste montante.

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Na entrevista ao jornal brasileiro Américo Amorim descarta a compra de activos petrolíferos do empresário brasileiro Eike Batista. “Somos uma empresa pequena no petróleo. Temos uma relação muito forte com a Petrobras. Cada macaco no seu galho. Não temos muita vocação para nos dispersarmos, temos que ser comedidos", responde.

 

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O sector financeiro também será alvo do pacote e investimentos de Américo Amorim no Brasil. O empresário já detém uma posição de 33% no Banco Luso-Brasileiro, banco pelo qual diz estar “apaixonado”. A ideia passa por focar no financiamento de transporte urbano, “um segmento a ser desenvolvido, vamos crescer devagarzinho, mas seguro", refere.

 

No imobiliário, outra das apostas de Amorim no Brasil, o negócio está concentrado em 33 milhões de metros quadrados que tem na orla marítima perto de Salvador, na Bahia, onde Américo Amorim projecta a construção de condomínios de apartamentos e casas que deverão render uma forte facturação dentro de 10 anos.

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Valor da fortuna? “Não faço ideia”

 

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No artigo publicado no Valor Econômico, o jornal brasileiro conta a história do percurso de Américo Amorim, destacando que o empresário português, com 79 anos, “não dá sinais de ostentação”.

 

Américo Amorim desvaloriza os cálculos da Forbes, que o coloca com o mais rico de Portugal, mas com uma queda da fortuna de 7 mil milhões de dólares para 4,1 mil milhões de dólares entre 2007 e 2012. “Não me vejo nesses números e nem me sinto menos confortável economicamente do que há três anos", afirma o empresário português, respondendo “não faço ideia” quando questionado sobre o valor da sua fortuna.

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Apesar de o Grupo Amorim estar hoje presente nas mais variadas áreas de negócio, Américo Amorim continua a destacar a Cortiça. "A importância económica da cortiça são uns 10%, mas a importância de estar aí é 100%. É o berço da família, não quero nem imaginar não estar aí", afirma.

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