Consórcio português investe 150 milhões de euros na Qimonda
O ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, afirmou que após “negociações extremamente difíceis” foi possível chegar a um acordo que permite numa primeira fase criar 400 postos de trabalho ligados ao fabrico de células solares. Posteriormente, será possível chegar aos 600 trabalhadores. Segundo Pinho, o acordo significa “manter em Portugal um projecto muito importante que estava em risco de parar”.
A compra de 51% da Qimonda Solar à falida Qimonda envolve uma verba de 8 milhões de euros. O restante capital para o desenvolvimento futuro da empresa em Vila do Conde será garantido em regime de ‘project finance’, da responsabilidade do Banco Espírito Santo (BES), Millennium BCP e Caixa Geral de Depósitos (CGD).
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Quanto à posição de 51%, trata-se de uma fatia que é dividida por várias empresas, organizadas num consórcio. Dentro desse consórcio a capital de risco pública assume 35%. Os outros 65% são divididos em parcelas de 13% por EDP Inovação, Visabeira, DST, BPA (de Angola) e BCP/BES (que ficam juntos nesta participação).
Manuel Pinho disse aos jornalistas que o assunto da entrada dos angolanos do BPA neste negócio “foi pela primeira vez falado durante a visita a Portugal do Presidente Eduardo dos Santos”. O ministro da Economia não quis explicar porque é que a CGD, que participa no ‘project finance’, não entra na estrutura accionista, ao contrário dos outros dois bancos portugueses.
Além do consórcio português, com 51%, a Qimonda Solar conta com a participação de 49% dos alemães da Centrosolar. Sobre o facto de a Qimonda Solar ser um negócio minoritário no universo Qimonda, o presidente da AICEP, Basílio Horta, comentou que “a Qimonda Solar é uma pequena parte mas a mais importante”, afirmando-se convicto de que ainda este ano a Qimonda Solar poderá estar a produzir em Portugal.
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