Costa admite que se "expressou mal" sobre obrigatoriedade da privatização da TAP
Confrontado por Miranda Sarmento com as contradições entre as afirmações do deputado e ex-ministro Pedro Nuno Santos e as suas em relação à obrigatoriedade de privatização da TAP no plano de recuperação da companhia que foi negociada com Bruxelas, António Costa admitiu que "se expressou mal".
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"O que devia ter dito é que era sempre um pressuposto do momento da nacionalização que ela seria parcialmente ou totalmente reprivatizada", explicou o primeiro-ministro.
No seu espaço de comentário na SIC Notícias, no dia 9 de outubro, Pedro Nuno Santos afirmou, ao contrário do que tinha sido dado a entender pelo primeiro-ministro, que "ficou claro que não havia nenhum imperativo de venda" da companhia aérea nas negociações com a Comissão Europeia.
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PSD critica gestão da "TAP e as suas contradições"
O líder parlamentar dos sociais-democratas Joaquim Miranda Sarmento lembrou que António Costa em 2014, sobre a TAP, dizia "que é mesmo aquela empresa que não deveria ser privatizada porque os riscos da privatização são muito grandes". e que em 2015 afirmou que "o PS não permitirá que o Estado perca a maioria do capital da TAP".
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"Explique aos portugueses porque é que que agora já defende a possibilidade da venda da totalidade do capital da companhia aérea. Explique estes ziguezagues e como eles custaram 4 mil milhões de euros aos portugueses", pediu o deputado social-democrata.
Costa, por sua vez, respondeu que "o princípio é sempre o mesmo": "o país precisa da TAP porque a TAP é uma empresa estratégica para a economia nacional". E acusou o antigo Governo do PSD de ter assinado "uma carta de conforto que é um verdadeiro escândalo nacional" porque "o Estado assumia ilimitadamente a responsabilidade pelas dívidas passadas e futuras da TAP, apesar de lhe entregar totalmente a gestão aos privados".
"O que aconteceu com a TAP, como aconteceu com todas as companhias aéreas do mundo, é que se não houvesse uma grande injeção de capital, faliam. E nós, para não falir a TAP, injetámos o capital. Ainda hoje estou à espera que o PSD me diga qual era a alternativa do PSD à injeção de capital que o Estado fez", concluiu
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(atualizado às 16:18)
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