Dexia recua 22% mesmo com garantias da França e Bélgica

O banco franco-belga acumula uma perda de 59% desde o início do ano. As duas quedas recentes devem-se aos receios de um incumprimento da Grécia, penalizador tendo em conta o volume de obrigações gregas que detém.
Diogo Cavaleiro 04 de Outubro de 2011 às 17:39

Já ontem, o banco franco-belga deslizou mais de 10%, depois de a agência de notação financeira Moody’s ter colocado o seu “rating” sob revisão para possível corte.

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Com as fortes desvalorizações das últimas duas sessões, o Dexia acumula uma perda de 59% desde o início do ano. Já o sector europeu da banca está a cair 36% desde o início do ano.

Neste momento, a instituição está a ser pressionada pelos reguladores para assumir maiores perdas no que diz respeito às obrigações gregas que detém, adianta a Bloomberg. Mas o Dexia resiste a fazê-lo, o que o poderá deixar mais vulnerável a um eventual incumprimento da Grécia.

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O “Financial Times” escreve hoje que “há muitas razões para estar preocupado com o Dexia”. “Apesar de tudo o que tem sido feito para aumentar o capital e reduzir o risco, é perturbador ver que o Dexia continua demasiado exposto a dívida soberana periférica, quando comparado com os pares de maior dimensão”, escreveu o jornal.

Depois de receber apoio estatal em 2008, o banco poderá receber nova ajuda pública, já que os responsáveis pelas finanças da Bélgica e da França indicaram hoje, num comunicado conjunto, que tomarão todas as medidas necessárias para salvaguardar os interesses tanto dos clientes como dos credores.

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Ontem, o conselho de administração reuniu de emergência, tendo posteriormente reconhecido a existência de “problemas estruturais” que necessitam de uma resolução o mais rápida possível.

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