Empresários ibéricos querem a "máxima liberalização" do mercado energético

Os empresários portugueses e espanhóis, hoje reunidos na Cimeira Empresarial Luso-Espanhola, querem "que se produza a máxima liberalização" do mercado energético, "limitando a tarifa de último recurso aos casos de clientes realmente vulneráveis".
Rui Neves 09 de Maio de 2012 às 15:55

Este é um dos "princípios" relativos à área da Energia que integra um documento intitulado "Mensagens empresariais para os presidentes dos governos de Espanha e Portugal", que será dentro de momentos entregue, pelos líderes das confederações patronais (CIP e CEOE) dos dois países, a Passos Coelho e Mariano Rajoy, que vão encerrar a I Cimeira Empresarial Luso-Espanhola, no Porto.

Um outro "princípio" energético aponta para que 2ª retribuição de todos os serviços seja adequada de acordo com o valor prestado (serviços de ‘back up’, interruptibilidade, etc.).

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Como medidas de curto prazo, os patrões ibéricos propõem a “melhoria dos procedimentos de gestão da interligação, avançando com a gestão coordenada dos mecanismo de ajuste e balanço, prosseguindo com os projectos previstos por ambos os operadores do sistema, de modo a que a capacidade seja utilizada mais eficientemente”, assim como a “tomada de decisão de colocação em serviço da linha de interligação Portugal/Espanha, no Algarve, já concluída do lado português”.

A médio prazo, reivindicam a concretização da “harmonização da modulação das tarifas de acesso para incentivar a eficiência do sistema pelo consumo”; a “harmonização dos custos de sistema/maior integração da gestão do sistema (mercados secundários, desvios); e o “aumento da capacidade de interligação Portugal/Espanha e Espanha/França, tanto mais que isso poderá minorar os impactos criados pela elevada percentagem de potência instalada na Península Ibérica que tem carácter intermitente”.

No longo prazo, os patrões portugueses e espanhóis propõem a “convergência na metodologia da retribuição dos custos regulados para garantir as mesmas condições globais de aquisição de energia, independentemente da localização do consumo”, e o “aumento da concorrência pelo acréscimo de dimensão do mercado eléctrico, através da integração no mercado europeu da electricidade”.

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De resto, a CIP e a CEOE “acordam em desenvolver os seus melhores esforços no sentido de se avançar tão depressa quanto possível na concretização do MIBGAS”.

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