ENVC: Trabalhadores apelam a Passos e Cavaco para intercederem pela empresa
"A única garantia é que o senhor ministro confirmou hoje o despedimento colectivo de 620 trabalhadores. Ficámos muito desiludidos porque há ano e meio a esta parte, o ministro pegou num diploma do Governo socialista e disse que ia pôr na gaveta 420 despedimentos. Agora está a fazer melhor, está a despedir de uma só vez 620", afirmou o dirigente da comissão de trabalhadores dos ENVC António Costa, após um encontro com José Pedro Aguiar-Branco esta quinta-feira em Lisboa.
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O responsável, após cerca de duas horas e meia de reunião com o ministro da Defesa Nacional, em Lisboa, anunciou que vai realizar-se na sexta-feira um "plenário geral às 15h00 para ver todas as formas de luta que se possam encetar no futuro".
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"Fazemos um apelo ao primeiro-ministro e ao Presidente da República. Parem este processo da subconcessão dos ENVC. Não deixem que o ministro faça este crime social em Viana do Castelo. É criminoso o que estão a fazer. É inadmissível", continuou.
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"Nota-se nos olhos e nas palavras dele (ministro). Não está convicto da adjudicação que está a fazer a este grupo (Martifer). Não tem segurança no futuro, na continuidade da construção naval em Viana do Castelo. Viemos aqui pedir trabalho e não reivindicações nem aumentos salariais. Viemos pedir trabalho e não queremos dinheiro para rescisões", disse ainda António Costa.
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Estado vai gastar 30 milhões para despedir os 620 trabalhadores dos Estaleiros de Viana
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O Estado vai gastar cerca de 30 milhões de euros em indemnizações aos 620 trabalhadores dos Estaleiros de Viana, avançou esta quarta-feira o Negócios. O grupo Martifer, que ganhou a subconcessão dos terrenos e equipamentos da empresa, deverá garantir 400 postos de trabalho nos próximos três anos.
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Já se sabia que os 620 trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) iriam ser todos despedidos. Faltava conhecer a factura para o Estado, via indemnizações, e o número de empregos que a subconcessionária Martifer iria assumir.
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O grupo de Oliveira de Frades confirmou ontem que se compromete a ficar com cerca de 400 dos actuais 620 trabalhadores dos ENVC, nos próximos três anos.
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Somando a maioria dos efectivos que vão recorrer ao fundo de desemprego e os que estão em situação de pré-reforma, o drama social que poderia resultar do fim da empresa estatal deverá assim ser esvaziado neste período de tempo. É esta a mensagem que o Governo irá passar sobre o processo.
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E o Negócios sabe que o Estado irá desembolsar cerca de 30 milhões de euros em indemnizações aos 620 trabalhadores que irão ser despedidos dos ENVC, o que dá, em termos grosseiros, uma média próxima dos 50 mil euros por trabalhador, a graduar em função da antiguidade.
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As administrações dos ENVC e da Martifer continuam a negociar o acordo de subconcessão dos terrenos e equipamentos da empresa estatal vianense ao grupo de Oliveira de Frades, estando ainda por firmar o número de postos de trabalho a garantir no arranque das operações da subconcessionária.
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Foi a 18 de Outubro que a administração dos ENVC decidiu subconcessionar à Martifer os terrenos, infra-estruturas e equipamentos da empresa.
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O grupo português, que detém os estaleiros navais Navalria, em Aveiro, vai pagar 415 mil euros por ano por esta subconcessão, que vigorará até 31 de Março de 2013.
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