Fabricantes de "software" registam maior procura

Depois de centenas de "workshops" e outros tantos seminários, as fabricantes de "software" sentiram uma maior procura por parte dos seus clientes, com vista a cumprirem as novas normas contabilísticas.
Ana Torres Pereira 05 de Janeiro de 2010 às 12:02

Depois de centenas de "workshops" e outros tantos seminários, as fabricantes de "software" sentiram uma maior procura por parte dos seus clientes, com vista a cumprirem as novas normas contabilísticas.

No entanto, as empresas de "software", contactadas pelo Negócios, admitiram que ainda são muitas as empresas que ainda não estão preparadas. Recorde-se que as companhias têm até ao final do ano para adoptarem o Sistema de Normalização Contabilística (SNC).

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De uma forma geral, as fabricantes de "software" começaram a preparar-se para o SNC no início do ano passado. "Após a aprovação em conselho de ministros do normativo SNC, a SAP iniciou um processo de análise sobre qual a recomendação a adoptar, para antecipadamente informar os clientes das recomendações para a conversão do plano de contas ao novo normativo SNC", contou, ao Negócios, Miguel Augusto, consultor da SAP Portugal.

O mesmo aconteceu com a Sage, a fabricante "tratou a transição para o novo SNC ao abrigo de um grande projecto, que se tornou visível para o mercado a partir de Maio de 2009", adiantou Céu Mendonça, gestora da divisão de PME da subsidiária nacional.

Ricardo Parreira, director-geral da PHC, detalhou , ao Negócios, que a empresa tem sentido mais solicitações por parte dos clientes. "Tal como qualquer mudança obrigatória, o SNC fez com que o número de empresas que estão atentas ao seu software e à respectiva actualização aumentasse", afirmou o responsável.

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Só a Primavera BSS tem cerca de 13 mil clientes que têm contratos de continuidade "já com acesso à versão 7.55 do ERP (enterprise resource planing) Primavera, qual dá resposta a todas as alterações introduzidas pelo SNC", afirmou José Gonçalves Azevedo, director-geral da Primavera Portugal. A empresa também registou a entrada de novos clientes que procuravam esta solução.

No entanto, de acordo com a experiência de Céu Mendonça "parte das empresas portuguesas ainda não tem a solução que lhes permita cumprir com os requisitos (muitas até têm aplicações que não vão cumprir, porque por exemplo a 'software house' já não existe), outras já têm a solução, mas ainda não realizaram todas as parametrizações necessárias".

Esta também é a percepção de José Gonçalves de Azevedo da Primavera: ""Existem empresas que já estão há algum tempo a preparar a transição, antecipando desta forma todo o processo, enquanto que outras preferiram deixar este processo para o início de 2010".

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