Falência é "desfecho esperado", mas solução já devia ter sido anunciada
Referindo que soube da notificação do Banco de Portugal de uma "forma pessoal", Jaime Antunes disse "não ter ficado surpreendido".
"Aquilo que nós dizemos é que para tomar uma decisão destas, já podia ter sido tomada há muito tempo, ou seja, se era para segregar o património do retorno absoluto num fundo e depois mandar o banco para a falência, essa decisão já podia ter sido tomada há um ano atrás", declarou Jaime Antunes à Lusa.
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Para Jaime Antunes, este era o "desfecho esperado" para a instituição, depois da constituição do fundo especial de investimento (FEI) para os clientes dos produtos de retorno absoluto.
"Saindo o património do retorno do banco este fica sem património sob gestão e obviamente que tinha que haver uma solução destas", disse.
A imprensa noticiou hoje que o Banco de Portugal já notificou os interessados sobre a possível revogação da licença bancária do BPP, o primeiro passo para seguir com o processo de insolvência.
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A Privado Holding, dona do banco, foi já notificada para a audição prévia e tem 10 dias para dar a sua versão do processo, acrescenta a imprensa.
A Lusa tentou confirmar esta notificação junto do Banco de Portugal, mas a instituição remeteu para mais tarde qualquer esclarecimento sobre este processo.
Questionado sobre que impactos poderá ter a falência do BPP junto dos clientes que representa, o presidente da Associação Privado Clientes disse que estes não serão afectados.
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"O retorno absoluto está organizado, o fundo foi constituído, o património já está retirado do banco e portanto os clientes de retorno absoluto não têm de facto nenhum problema especial", disse.
"É evidente que os clientes continuam credores do banco naquilo que é o chamado crédito de garantia e isso significa que os credores, se o banco for à falência, têm que ir à massa falida ver o que é que podem ainda recuperar", acrescentou.
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