Lucros da Alcoa no primeiro trimestre superam estimativas do mercado

A Alcoa, que vai dividir-se em duas empresas independentes, anunciou que os seus lucros do primeiro trimestre de 2016 caíram para 16 milhões de dólares, contra 195 milhões no período homólogo do ano precedente. No entanto, excluindo itens extraordinários, a empresa teve um lucro por acção de 7 cêntimos, contra uma estimativa média de 2 cêntimos apontada pelos 14 analistas inquiridos pela Bloomberg.

 

O volume de negócios, em contrapartida, recuou 15%, de 5,82 mil milhões de dólares no primeiro trimestre de 2015 para 4,95 mil milhões entre Janeiro e Março deste ano [as previsões médias do consenso do mercado eram de 5,14 mil milhões], uma vez que os preços médios do alumínio desceram 16% face ao ano anterior.

 

O efeito da queda dos preços foi limitado pela venda de itens para as fabricantes automóveis e para os construtores de casas, salientou contudo a empresa no comunicado dos seus resultados, esta segunda-feira, 11 de Abril, após o fecho das bolsas.

 

No entanto, o mercado não está a gostar dos números. A cotada segue a perder 2% para 9,50 dólares por acção na negociação fora de bolsa na praça de Nova Iorque, depois de ter encerrado a sessão do horário regular a subir 3,9%.

 

O preço do alumínio está a negociar actualmente em torno dos 1.500 dólares por tonelada no mercado londrino de metais (LME), contra 1.800 dólares há um ano.

 

A Alcoa reduziu a sua força de trabalho em 600 pessoas na unidade de produtos e soluções de engenharia no primeiro trimestre e pretende cortar mais 400 postos.

 

A empresa, recorde-se, vai cindir a sua actividade em duas empresas autónomas. A ideia é separar as unidades que fornecem as empresas automóveis e aeroespaciais das unidades de fundição e de refinação. Assim, a unidade de produção de alumínio será separada da unidade de transformação do metal, na qual a Alcoa tem apostado para fazer face à queda dos preços do alumínio e à menor procura da China.

 

A Alcoa, como é costume, marcou o arranque da nova época de divulgação dos resultados das empresas nos Estados Unidos.