Manuel Pinho garante estar em "contacto muito próximo" com responsáveis alemães
O ministro da Economia, Manuel Pinho, assegurou hoje que tem estado nos últimos dias em "contacto muito próximo" com os responsáveis da Qimonda na Alemanha, no sentido de encontrar uma solução para a unidade de Vila do Conde.
Confrontado pelos jornalistas durante uma visita ao parque eólico do Caramulo, o governante escusou-se a comentar a proposta apresentada pelo empresário Paulo Tomás com vista a aquisição da unidade de Vila do Conde e a notícia avançada pelo Jornal de Negócios segundo a qual a Qimonda na Alemanha retirou cerca de 150 milhões de euros àquela filial.
PUB
"O que podem estar totalmente seguros é que o esforço que o Governo tem feito para acompanhar de perto esta questão não pode ser maior", assegurou, contando que nos últimos dias tem estado "em contacto muito próximo com os máximos responsáveis na Alemanha".
"Vamos tentar encontrar uma solução para uma situação que é dificílima e que tem a ver com a viabilidade de uma empresa e, portanto, é algo que nos ultrapassa", acrescentou.
No que respeita à proposta feita hoje pela Comissão Europeia para que as autoridades públicas tenham um prazo de 30 dias para pagar facturas às empresas, findo o qual deverão pagar juros e uma indemnização de cinco por cento do montante em dívida, Manuel Pinho frisou que Portugal foi o país que deu o exemplo.
PUB
"O vice-presidente Verheugen elogiou imenso o que Portugal fez, porque há vários meses nós tomámos a iniciativa de liquidar todos os atrasados que havia relativamente às empresas e isso não foi feito em mais nenhum país, quase", afirmou.
Criticou "aquelas pessoas rezingonas" que dizem que "não havia atrasados nos outros países", considerando que "havia e a prova disso é que os países agora estão todos a ter de adoptar" a mesma medida, que considera "muito importante para apoiar as empresas".
"Não nos enganemos, nós estamos a viver a crise maior dos últimos 50 anos. Há empresas que estão confrontadas com uma quebra de procura brutal e o que nós estamos aqui é para apoiar todas as empresas", garantiu, acrescentando que se houve quatro mil que faliram, houve outras que sobreviveram com o apoio do Governo.
PUB
Mais lidas
O Negócios recomenda