"Accionistas do BPP são quem tem menos motivos para se queixar"
"Quem tem menos que se queixar pelo tempo que o processo demorou são os accionistas", considerou Duarte Neves, na audição anual das entidades reguladoras do sistema financeiro, quando questionado pelos deputados sobre as queixas dos accionistas da instituição (Privado Holding) sobre a demora da decisão do Banco de Portugal em decretar o fecho do BPP.
Segundo o vice governador, "foi dado tempo para os accionistas arranjarem uma solução que viabilizasse o banco", o que, defendeu, explica os 18 meses que passaram entre a intervenção do Banco de Portugal e a revogação da licença bancária do BPP.
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O caso do BPP, tal como o do Banco Português de Negócios (BPN), foi várias vezes abordado ao longo da comissão parlamentar pelos diferentes grupos parlamentares.
Pedro Duarte Neves assegurou, no decorrer dos trabalhos, que "as garantias [no valor de 672 milhões de euros que o Estado exigiu a troco do aval à operação de crédito] excedem o valor dos empréstimos" concedidos ao banco por um consórcio de instituições financeiras portuguesas.
Os empréstimos, no montante de 450 milhões de euros, foram atribuídos na fase mais aguda da crise, já após a intervenção do supervisor bancário no BPP.
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O Jornal de Negócios noticiou hoje, citando fonte oficial do Ministério das Finanças, que o Governo já pagou a dívida de 450 milhões de euros do BPP ao consórcio de seis bancos (CGD, BCP, BES, Santander Totta, Banco BPI e Crédito Agrícola), devido ao processo de insolvência do banco, que já corre, e que o Executivo irá agora executar as contra garantias para recuperar o referido valor.
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